Em comunicado, a ANPC destaca o incêndio que lavra há mais de dois dias no concelho de Monchique, distrito de Faro, Algarve que, pelas 20:00 de hoje, tinha no combate às chamas 810 operacionais, apoiados por 226 veículos, oito máquinas de rasto e nove meios aéreos.
Este incêndio tem ainda 94 entidades envolvidas nas operações.
Num ponto de situação, feito em conferência de imprensa, pouco depois das 13:00 de hoje, o comandante Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro, Vaz Pinto, deu conta que, até àquele momento, tinham sido deslocadas mais de uma centena de pessoas, de forma preventiva.
Vaz Pinto explicou que a Proteção Civil retirou 110 pessoas (79 em 10 sítios e lugares no concelho de Monchique (Taipa, Foz Carvalhoso, Ladeira de Cima, Pedra da Negra, Foz do Lavajo, Corjas, Foz do Farelo, Ribeira Grande e Portela da Viúva) e 31 em cinco sítios no concelho de Odemira (Varja do Carvalho, Moitinhas, Barreirinhas, Vale das Hastes e Craveiras).
Por outro lado, tinham sido assistidos 30 operacionais, com sintomas relacionadas com o calor e com o fumo, informou ainda o comandante operacional.
A ANPC refere no comunicado que no sábado registou 110 ocorrências de incêndios florestais que foram combatidos por 3.479 operacionais, apoiados por 971 veículos e 51 meios aéreos.
A nota salienta que "face às condições meteorológicas adversas, de tempo muito quente e seco, que favorecem a deflagração e a propagação de incêndios rurais", mantém-se o Estado de Alerta Especial (EAE), no nível vermelho, até às 23:59 de segunda-feira, para os distritos de Beja, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Leiria, Lisboa, Portalegre, Santarém, Setúbal e Viseu.
Já os distritos de Aveiro, Braga, Porto, Viana do Castelo e Vila Real ficam em EAE, no nível laranja, também até às 23:59 de segunda-feira.
“A ANPC renova o aviso à população para os cuidados a ter com a sua segurança, lembrando que a rapidez e a violência de propagação de incêndios que ocorrem com este tipo de condições meteorológicas fazem com que este tipo de ocorrência constitua uma ameaça para as pessoas e os seus bens, face ao modo extremo com que se podem desenrolar”, alerta o comunicado.
A Proteção Civil apela aos cidadãos para se manterem “permanentemente informados” sobre o evoluir da situação nas zonas em que residem ou visitam, observarem os conselhos e as recomendações das autoridades em particular nas situações extremas de incêndios rurais, adequarem os comportamentos face ao risco de incêndio rural, cumprirem as medidas de autoproteção e só procederem à evacuação do local onde se encontrem em condições de absoluta segurança.
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