“Portugal saúda o novo acordo de paz assinado, em Havana, no passado sábado, entre o Governo colombiano e as FARC, em resultado do processo de consultas alargadas a todos os setores da sociedade colombiana, na sequência do referendo de 2 de outubro”, afirma o Governo português, num comunicado hoje divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros .
Para Portugal, “a rapidez com que este novo acordo foi alcançado demonstra a determinação de ambas as partes em chegar a uma solução de paz”, lê-se na nota.
O executivo português confia que “este acordo reúna um amplo consenso entre os colombianos, como solução definitiva para mais de cinco décadas de conflito interno no país”.
“Portugal mantém todo o seu empenho em procurar apoiar, tanto no plano bilateral como multilateral, os esforços de alcance e implementação da paz na Colômbia”, refere ainda a nota do Governo português.
O Governo colombiano e a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) anunciaram, no sábado, a conclusão de um tratado de paz para salvar o acordo histórico rejeitado pelos colombianos, no referendo do mês passado.
"Concluímos um novo acordo de paz para pôr fim ao conflito armado, que contém mudanças, precisões e contribuições de vários setores da sociedade" colombiana, anunciaram as duas partes, num comunicado comum divulgado na capital cubana, Havana.
Segundo o Presidente colombiano, Juan Manuel Santos – que recebeu este ano o prémio Nobel da Paz -, o novo acordo de paz “é de todos os colombianos”, incluindo dos opositores do primeiro texto, nomeadamente os antigos Presidentes Álvaro Uribe e Andrés Pastrana.
O governo colombiano e as FARC assinaram a 26 de setembro passado, em Cartagena das Índias, o acordo de paz concluído em agosto, no final de cerca de quatro anos de negociações em Havana para terminar o conflito armado e a guerrilha mais antiga no continente americano.
No entanto, a maioria dos colombianos recusou o acordo no referendo de 2 de outubro, o que levou Juan Manuel Santos a convocar os líderes dos movimentos opositores para conseguir um consenso e resolver o processo de paz.
As duas delegações mantiveram nove dias de intensas negociações em Havana - sede das negociações de paz durante os últimos quatro anos - para alcançar um novo consenso para "conseguir uma paz estável e duradoura".
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