Para além de Catarina Martins, a comitiva integrou também o líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, e o fundador e dirigente Luís Fazenda, um dos responsáveis pelo departamento internacional bloquista.
A comitiva chegou ao hotel cerca das 20:30 e foi recebida pelo protocolo angolano.
Fonte oficial do BE adiantou à Lusa que o encontro foi pedido pelo Presidente de Angola, não tendo sido divulgado antecipadamente.
À saída do encontro, em declarações aos jornalistas, a líder bloquista afirmou que "é sabido que o Bloco de Esquerda tem tido uma posição muito crítica sobre o regime angolano e sobre o MPLA".
"No entanto, nós não deixamos de acompanhar a expectativa do povo angolano para que possam existir mudanças neste período", destacou.
Segundo Catarina Martins, na reunião foi transmitido a João Lourenço que "as críticas que o Bloco tem feito ao regime angolano sobre as necessidades de liberdades políticas são críticas" que se mantêm.
"Reconhecemos que há alguns sinais de mudança e acompanhamos a expectativa do povo angolano numa mudança, achamos que é muito importante a colaboração da justiça de Portugal e de Angola porque há uma elite económica que se tem movido na sombra e que tem vindo a depredar os recursos tanto de um país como do outro", elencou.
A líder do BE garantiu que reiterou ao Presidente angolano "as posições de sempre do Bloco".
"Exigências com liberdades democráticas, muita preocupação com a corrupção e, nomeadamente, com a elite económica que circula entre Portugal e Angola, que não é só um problema angolano, é também um problema português", concretizou.
Sobre a avaliação que faz da governação de João Lourenço, Catarina Martins reiterou, apenas, que o BE acompanha "a expectativa do povo angolano de que os sinais se possam converter em mudanças muito concretas em nome do pluralismo, das liberdades e do desenvolvimento".
Na quinta-feira, na sessão solene na Assembleia da República, os deputados do PSD, PS, CDS-PP, PCP e Verdes aplaudiram de pé o discurso do Presidente da República de Angola, João Lourenço, ao contrário da bancada do BE.
No BE, a maioria dos deputados não se levantaram nem aplaudiram o discurso do chefe de Estado Angola, tal como o deputado único do PAN, André Silva.
O deputado bloquista e vice-presidente da Assembleia da República José Manuel Pureza foi uma das exceções, tal como Jorge Campos.
[Notícia atualizada às 22h03]
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