Na cerimónia que decorreu no quartel da corporação de bombeiros local participaram também o bispo D. Américo Aguiar, na qualidade de Capelão Nacional da Liga dos Bombeiros, a presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro, e o presidente da Liga dos Bombeiros, António Nunes.
A missa de corpo presente demorou cerca de meia hora, saindo o corpo do quartel ao som da “sirene a chorar” e sendo transportado ao longo de um trajeto de 50 metros por colegas bombeiros, muitos emocionados.
O corpo seguiu depois para o Tanatório de Matosinhos para ser cremado.
Após o carro fúnebre abandonar o local, Marcelo Rebelo de Sousa e a ministra Margarida Blasco mantiveram-se em silêncio preferindo não falar à comunicação social.
João Silva, conhecido como o “30”, morreu no domingo vítima de morte súbita, na pausa para refeição no combate que travava contra o incêndio na freguesia de Pinheiro da Bemposta, concelho de Oliveira de Azeméis, no distrito de Aveiro.
O bombeiro ainda foi assistido no local por uma equipa do Instituto Nacional de Emergência Médica, mas acabou por não resistir.
No mesmo dia, a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, e a sua equipa prestaram-lhe uma homenagem, considerando-o um “exemplo nacional de alguém que deu a vida pelo próximo”.
No Tanatório de Matosinhos, cerca de duas dezenas de populares, alguns empunhando rosas brancas, esperaram o carro funerário que transportava João Silva, para prestar uma última homenagem ao bombeiro.
Sete pessoas morreram e cerca 120 ficaram feridas, das quais 10 em estado grave, devido aos incêndios que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga e Viseu, que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas.
O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias e alargou até quinta-feira a situação de alerta, face às previsões meteorológicas.
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