Contactada pela agência Lusa, fonte da APA disse que as calendarizações das intervenções ainda não estão estabelecidas, adiantando, apenas, que os trabalhos decorrerão durante este verão e com um prazo de execução de dois meses.
Em comunicado, publicado na sua página da internet, a APA explica que estas intervenções, que consistem na colocação de areia na parte emersa, “têm de ser executadas no período de verão pois é a altura, por razões técnicas e operacionais, em que as condições de agitação marítima são as mais favoráveis”.
“Note-se, por exemplo, que com ondulação de dois metros de altura ou superior já não é possível desenvolver os trabalhos indispensáveis”, apontam.
A APA explica ainda que as praias que irão ser alimentadas terão de ficar, “rotativa e temporariamente interditas”, estimando que essa interdição seja em média de três a cinco dias, em cada uma das praias.
“Durante esses períodos quem utilizar a aplicação da APA (Info Praia) ficará a saber se e quais as praias que estarão com trabalhos e, portanto, interditadas, sem prejuízo de outras medidas de informação, divulgação e sinalética a utilizar”, adianta a nota.
A APA refere ainda que o investimento total é de cerca de 5,8 milhões de euros, sendo esta intervenção financiada por fundos comunitários.
A previsão é que a empreitada se inicie nas praias da Saúde e Nova, situadas mais a sul, prosseguindo depois os trabalhos para norte.
Por seu turno, numa resposta escrita enviada à Lusa, fonte da Câmara Municipal de Almada, no distrito de Setúbal, disse esperar que “a operação se realize com a maior brevidade e o mínimo impacto possível na vida de todos os que usufruem das praias da Costa de Caparica”.
“Tendo em conta a complexidade da operação e a necessidade de garantir as ideais condições meteorológicas e do mar, é imperativo que esta se realize no verão, pelo que lamentamos não ser possível evitar os condicionamentos e impedimentos temporários anunciados”, sublinha a nota da autarquia.
Entretanto, segundo uma notícia publicada hoje pelo Diário de Notícias, as obras ainda não terão começado por faltar o visto do Tribunal de Contas (TdC).
Contudo, num esclarecimento enviado à Lusa, fonte do TdC ressalvou que recebeu o pedido da APA para fiscalização prévia no dia 7 de junho, “em plena época balnear”.
“O mesmo foi devolvido no início de julho para complemento de instrução e regressou ao tribunal em 9 de julho, encontra-se em análise e merecendo a necessária urgência”, acrescenta a nota.
De acordo com a lei, o TdC dispõe de 30 dias úteis para se pronunciar sobre um processo de visto.
Se findo esse período não existir uma decisão, recai sobre o processo um visto administrativo.
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