Cruz Martins, capitão dos portos do Douro e Leixões, afirmou hoje que a reunião de segunda-feira com as concessões das praias de Matosinhos e do Porto "correu bem" e que para o arranque da época balnear, no dia 15 de junho, estão reunidas "todas as condições de segurança".

"Foram colocados mais nadadores-salvadores e, neste momento, estão reunidas todas as condições para termos nas praias o dispositivo que, de acordo com a lei, garante o salvamento dos banhistas", salientou.

A licença atribuída pelo Estado para a exploração dos espaços marítimos públicos prevê como "uma obrigatoriedade", durante o período da época balnear, a contratação de dois nadadores-salvadores por cada 100 metros de praia.

"Podem diminuir-se o número de nadadores-salvadores, desde que as concessões funcionem num Plano Integral de Salvamento", esclareceu Cruz Martins, acrescentando que o plano, que surge como "uma alternativa à obrigatoriedade das concessões", prevê que um segundo nadador-salvador auxilie o que está sozinho "num espaço de tempo até três minutos".

Questionado sobre número de nadadores-salvadores que vão assegurar a vigilância dos areais em questão, Cruz Martins afirmou não saber "precisar" quantos são, uma vez que em algumas concessões a vigilância vai ser assegurada também através de dispositivos, como as motas de água.

"Em alguns casos conseguiu-se assegurar a segurança das praias não com o aumento do número de nadadores-salvadores, mas de meios e dispositivos", apontou.

Segundo o responsável, durante as reuniões foi visivel "a preocupação" de todas as entidades envolvidas, "até das próprias autarquias" para que as condições de vigilância e de segurança das praias seja assegurada.

À Lusa, Cruz Martins revelou também que esta terça-feira se reuniu com as concessões das praias de Vila Nova de Gaia e de Espinho e que nesses areais vão ser também "asseguradas todas as condições" para a abertura da época balnear em segurança.

A edição de dia 31 do Jornal de Notícias (JN), adiantava que a vigilância nas praias de Matosinhos e do Porto estava "em risco", isto porque a capitania "exige" que os concessionários destas praias "contratem mais 12 nadadores-salvadores para que a época balnear seja aberta dia 15 de junho em segurança".

O diário acrescentava que, “caso essas contratações sejam recusadas, as concessões podem ser fechadas pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), o que deixaria os areais sem vigilância".