De acordo com o comandante do Porto da Figueira da Foz, João Lourenço, durante a manhã de hoje foi realizada uma ação de vigilância, em viaturas todo-o-terreno do programa “Sea Watch” do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN), sem que tenham sido avistados ou localizados tubarões.

“Hoje não foi detetado nada”, disse à agência Lusa João Lourenço, acrescentando que, no domingo, a bandeira vermelha — que proíbe os banhos de mar – foi içada “por uma questão de precaução” e que as praias visadas na medida “nunca estiveram interditas”.

A Autoridade Marítima desconhece qual a espécie de tubarões avistada no domingo — de acordo com vários órgãos de comunicação social, o alerta foi dado cerca das 17:30 por escolas de surf, na zona da praia da Casa (localizada na Cova-Gala, a sul das praias do Cabedelo e Hospital) — mas João Lourenço admite que se possa tratar do tubarão-azul “que é inofensivo”.

O avistamento de espécies de tubarões na costa portuguesa, não sendo habitual, pode, no entanto, ocorrer: “Não é recorrente, mas também não é inédito”, enfatizou João Lourenço.

Apesar da ação de vigilância de hoje e dado o final da época balnear, as praias deixaram de ter nadadores-salvadores, pelo que não há qualquer bandeira içada nas praias em causa, adiantou.

No total, no domingo, a proibição de banhos de mar através da bandeira vermelha içada estendeu-se a quase dois quilómetros de costa, em linha reta, e abrangeu cinco praias, obrigando, igualmente, à saída de surfistas da água, indicou fonte de uma escola de surf local.

A mesma fonte lembrou que, há uns anos, uma prova de bodyboard realizada na praia de Quiaios, a norte da Figueira da Foz, teve de ser suspensa devido à presença de um tubarão-frade, uma espécie habitualmente de grande porte mas inofensiva para os seres humanos.