“Há 51 pré-avisos de greve na educação. São greves diárias, são greves às atividades não letivas, fora do horário letivo que empolam as estatísticas", referiu Mário Centeno que está a ser ouvido na Comissão de Trabalho e Segurança Social.

Mário Centeno respondia assim ao deputado do PSD Álvaro Baptista que, citando dados noticiados pelo jornal Público, confrontou o ministro com o facto, de este ano, terem sido apresentados 112 pré-avisos até ao dia 15 de fevereiro, o que supera o número de pré-avisos que deram entrada ao longo de todo o ano de 2016.

"As estatísticas são que são e a verdade é que até ao dia 8 de fevereiro deram entrada 105 pré-avisos de greve, mas 51 eram uma repetição do mesmo pré-aviso de greve na educação, que é uma greve ao período não letivo e, que distorce os dados", precisou Mário Centeno.

O número de pré-avisos tem vindo a aumentar e em 2018 totalizou os 733, sendo este o número mais alto desde 2015.

Médicos, enfermeiros, professores, guardas prisionais, oficiais de justiça e trabalhadores dos impostos estão entre funcionários públicos que avançaram para a greve desde o início do ano passado. O atual governo enfrentou já duas greves gerais da função pública desde que está em funções. A primeira na reta final de 2018, e a segunda no dia 15 de fevereiro, tendo esta como principal motivo a decisão de apenas aumentar os trabalhadores que estão na base da tabela remuneratória da função pública, que passou dos 580 para os 635 euros.­