Num comunicado, o INE refere que "o aumento médio anual dos preços das habitações existentes (11,0%) em 2018 continuou a superar o das habitações novas (7,5%)".
No último trimestre de 2018, a taxa de variação homóloga do IPHab fixou-se em 9,3%, mais 0,8 pontos percentuais que no trimestre anterior e o crescimento dos preços das habitações existentes (9,5%) foi mais intenso que o das habitações novas (8,5%).
O INE indica ainda que em 2018 se transacionaram 178.691 habitações, mais 16,6% que em 2017 e o valor mais elevado de sempre.
Entre as transações realizadas, 85,2% foram de alojamentos existentes, mais 0,7 pontos que em 2017 e o crescimento do número de transações de habitações existentes acima do registado nas habitações novas, 17,5% e 11,6%, respetivamente, conduziu ao incremento do peso relativo da primeira categoria mencionada, afirma.
As transações totalizaram 24,1 mil milhões de euros no ano passado, mais 24,4% do que em 2017.
O valor das vendas de habitações passou de 9,5 mil milhões de euros (valor equivalente a 5,5% do Produto Interno Bruto, PIB), em 2014, para 24,1 mil milhões de euros em 2018 (valor equivalente a 12,0% do PIB), o que traduz um crescimento médio anual de 26,0%.
Para o mesmo período, o número de transações aumentou 20,7% em termos médios anuais.
O INE afirma ainda que no 4.º trimestre de 2018 se observou uma desaceleração do número das transações, que passou de uma variação homóloga de 18,4% no 3.º trimestre para 9,4%.
Em valor, as transações desaceleraram de 29,1% no 3.º trimestre para 10,7% no 4.º trimestre.
Pelo segundo trimestre consecutivo o aumento homólogo nas habitações novas (15,0%) superou o das habitações existentes (9,7%).
Em termos regionais, as transações realizadas na Área Metropolitana de Lisboa e na região Norte representaram 64,6% do total em 2018, mais 0,3 pontos que em 2017, refere o INE, adiantando que a Área Metropolitana de Lisboa concentrou 48,0% do valor das transações realizadas em Portugal no último ano.
Pela primeira vez desde 2013, esta região registou uma redução do seu peso relativo no valor total das vendas de habitações (-0,2 pontos).
Em contrapartida, a região Norte, com uma quota relativa de 23,5%, atingiu a sua maior percentagem desde 2013 tendo sido, a par do Alentejo (+0,1 pontos), as únicas a apresentar aumentos nos respetivos pesos relativos.
Comentários