Teresa Ferreira receberá o galardão na Cinemateca Portuguesa, em Lisboa, numa cerimónia em que será ainda exibido o documentário "Quem é Bárbara Virgínia", de Luísa Sequeira.

Nascida em Lisboa em 1940, Teresa Ferreira trabalhou desde 1958 no cinema português, assumindo um trabalho que fica sempre no anonimato na produção de cinema, o de etalonagem, ou seja correção e ajuste de cor na película fílmica.

Estudou na Escola António Arroios, trabalhou nos laboratórios da Tobis, passou pela Ulysses Filme e teve experiências profissionais em laboratórios em Bruxelas e em Paris.

Teresa Ferreira é a terceira mulher a receber o Prémio Bárbara Virgínia, sucedendo às atrizes Leonor Silveira (2015) e Laura Soveral (2016).

O galardão foi batizado com o nome de Bárbara Virgínia para homenagear e resgatar do anonimato aquela que é considerada a primeira realizadora portuguesa, que morreu em março de 2015 no Brasil aos 92 anos.

Nome artístico de Maria de Lourdes Costa, Bárbara Virgínia foi atriz, bailarina e locutora de rádio e realizadora de cinema, a primeira mulher em Portugal a assumir essa função.

Em 1946, foi ainda a primeira mulher a apresentar um filme no então recém-criado Festival de Cinema de Cannes. Competiu com o filme "Três dias sem Deus".