O corpo de intervenção da Polícia de Segurança Pública esteve no local e forçou os manifestantes a dispersarem, em ambiente de grande tensão.

Logo após o arremesso de pelo menos uma pedra e outros objetos, os seguranças privados de André Ventura protegeram o candidato presidencial até ao interior de uma viatura, que arrancou do local.

Em declarações à SIC, o comandante Viola Silva, do Comando Distrital da PSP de Setúbal, confirmou que a entrada de André Ventura no Cinema Charlot correu “mais ou menos bem”, tendo havido “apenas uns ovos arremessados”, mas que os ânimos se exaltaram à saída.

Um repórter do Observador partilhou imagens do momento da entrada de André Ventura no edifício.

“Na saída, para além dos ovos, houve pedras e objetos metálicos” a serem atirados, confirmou o comandante. Perante esta situação, refere o agente, a PSP foi forçada a atuar.

“A PSP, com bom senso e ponderação, tentou até ao fim não usar a força. Quando começaram a cair pedras e outros objetos em cima dos agentes e do candidato, não tivemos outra hipótese que não limpar a rua para evitar males maiores”.

Segundo Viola Silva, houve pelo menos uma detenção feita, mas a ação está “em rescaldo”, e o comandante adiantou que a manifestação que se organizou ali “foi espontânea”.

“A PSP é rigorosamente apartidária, atua no âmbito do estado de direito e apenas procurámos manter a ordem pública”, reforçou.

Viola Silva, inclusive, confirmou que, decorrente dos arremessos, “um repórter de imagem da comunicação social ficou com um joelho ferido à conta de uma pedra”.

Candidatos presidenciais condenam protesto

Numa foto publicada na conta da rede social Twitter do Chega, é possível constatar alguns cartazes de apoio a Ana Gomes.

Pouco depois surgiria a resposta da candidata presencial, que dava conta de que é "contra qualquer tipo de protesto violento contra qualquer candidato" e que condena a violência em seu nome.

A candidata presidencial apoiada pelo BE, Marisa Matias, considerou hoje igualmente que "não se derrota o ódio com violência", numa reação à tentativa de agressão a André Ventura, e defendeu que este deve ser derrotado apenas "na luta democrática".

“Não se derrota o ódio com violência. Somos um país melhor do que o candidato da extrema-direita e seremos capazes de o vencer na luta democrática”, pode ler-se numa mensagem publicada no Twitter por Marisa Matias.

A recandidata presidencial apoiada pelo BE falou esta tarde aos jornalistas, em Alcouce, a sua aldeia natal, mas à hora das declarações ainda não tinha acontecido o incidente com André Ventura.

Assim, Marisa Matias recorreu, pouco tempo depois, às redes sociais para deixar a sua mensagem, sem nunca referir o nome do líder do Chega.

Por seu turno, o candidato presidencial Tiago Mayan Gonçalves condenou hoje qualquer forma de violência, ameaça ou coação, venham de onde vierem, dirijam-se a candidatos, jornalistas ou quaisquer outros cidadãos.

O candidato apoiado pela Iniciativa Liberal (IL) recorreu ao Twitter para reagir ao protesto que se verificou hoje contra o candidato presidencial do Chega, André Ventura, que foi apedrejado à saída de um comício da campanha eleitoral em Setúbal.

“Condeno totalmente qualquer forma de violência, ameaça ou coação, venham de onde vierem, dirijam-se a candidatos, jornalistas ou quaisquer outros cidadãos”, escreveu Tiago Mayan Gonçalves.

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