“Há muitos dadores que deixaram de vir ao hospital e agora, que é preciso sangue, temos de ter coragem. Eu vim aqui humildemente dar um pouco da minha coragem”, afirmou hoje de manhã no Hospital de São João, no Porto, o candidato e fundador do partido Reagir, Incluir, Reciclar (RIR).

Na unidade hospitalar, que sempre esteve na linha da frente na luta contra a covid-19, Vitorino Silva, conhecido como Tino de Rans, percorreu todos os passos necessários para a dádiva de sangue e faz questão de passar a mensagem: “Do pouco se faz muito”, por isso, apelou a todos para darem “um pouquinho”.

Afirmando não conhecer “nenhum rio que nasça no mar" e lembrando que "a nascente não tem tanta água como a foz", o candidato mostrou-se confiante de o seu exemplo pode motivar mais portugueses a fazer o mesmo: "Se a minha gota de sangue, se o sangue que eu der, se todos os portugueses derem, há muitos caudais e chegamos ao mar”.

E explicou que “o mar” simboliza “chegar aos hospitais porque eles precisam que as pessoas não tenham medo”.

A diretora do serviço de Imunoterapia e Banco de Sangue do Hospital de São João, Maria do Carmo Koch, considerou a iniciativa protagonizada hoje por Vitorino Silva como “louvável”, de uma “coragem enorme” e “um exemplo”, considerando que as “figuras públicas têm sempre um impacto enorme”.

“Nós precisamos sempre de sangue, os doentes do hospital estão sempre a ter necessidade de sangue, o sangue é um bem essencial à vida e, portanto, há sempre essa necessidade”, afirmou a responsável aos jornalistas.

Janeiro é, por norma, um mês em que há uma diminuição nas dádivas por causa dos problemas respiratórios.

“É importante que os dadores saibam que dar sangue é um processo seguro, desde que se cumpram todas as regras que são indicadas para esse fim. Podem vir ao Banco de Sangue com toda a segurança e toda a confiança, adotamos todos os procedimentos adotados pelas autoridades de saúde para que possam realizar a sua dádiva em segurança”, garantiu.

Por este Banco passam cerca de 50 pessoas por mês, numa média mensal de 1.500 pessoas.

Maria do Carmo Koch referiu que, por causa da pandemia, no início do ano passado houve uma “diminuição importante”, mas depois, acrescentou, “houve uma recuperação ao longo do ano”.

“Os dadores têm correspondido”, frisou.

A campanha eleitoral está a realizar-se em pleno estado de emergência e sob a ameaça de um novo confinamento que pode ser implementado ainda esta semana.

Vitorino Silva reforçou hoje que, com o confinamento, irá sair da sua sede de campanha “que é a rua” e vai para casa, mantendo, no entanto, os debates televisivos agendados e passando a campanha para o ‘online” e redes sociais.

“Vou para casa se todos os portugueses forem, porque eu não quero ser um português de primeira e o povo ser de segunda. Eu sou contra as mordomias dos políticos e esta é a mensagem que quero passar”, afirmou.

Na terça-feira irá participar na reunião no Infarmed, depois de ter recebido o convite oficial, e, para quarta-feira, tem prevista uma iniciativa relacionada com hortas biológicas.

“Quero ser Presidente da República do Portugal todo, não quero ser Presidente da República de um Portugal inclinado e tudo farei para que este Portugal às vezes passe para o urbano e às vezes passe para o rural. E tenho a certeza de que vou ter votos no rural e no urbano”, salientou.

Antes de sair do Banco de Sangue, Vitorino Silva ensaiou para os repórteres de imagem um “voto antecipado”, colocando um papel relacionado com processo de dádiva de sangue numa “urna” e foi beber a “melhor meia de leite do mundo”.

Concorrem às eleições de 24 de janeiro sete candidatos: Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP), Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).

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