“Devemos pôr para trás das costas a negatividade que perturbou o nosso país, porque nos espera um novo começo. Vem aí um fantástico começo”, declarou Ramaphosa perante os deputados, ao apresentar, um dia após a sua eleição, as grandes linhas do seu programa para este ano, no discurso sobre o estado da Nação.

O governante anunciou que “serão tomadas decisões difíceis”, nomeadamente para “estabilizar a dívida e restaurar a saúde das empresas públicas”.

“Este será o ano em que reverteremos o curso da corrupção nas empresas públicas”, acrescentou o novo Presidente, ao herdar da era Zuma um setor público profundamente corrupto e endividado.

Em 2016, um relatório oficial pôs a nu a pilhagem de recursos do Estado por uma família de homens de negócios, os Gupta, com a cumplicidade de Jacob Zuma.

Ramaphosa declarou-se igualmente determinado a “desenvolver o setor mineiro”, uma das principais fontes de receitas da África do Sul, a primeira economia do continente africano.

Cyril Ramaphosa, dirigente do Congresso Nacional Africano (ANC, no poder), foi nomeado Presidente da República na quinta-feira, um dia após a demissão de Jacob Zuma, abandonado pelo partido, que estava preocupado com a ideia de sofrer uma derrota histórica nas eleições gerais de 2019.

A transição política fez-se hoje, com o seu discurso do estado da Nação, no parlamento.