"Digam a (Donald) Trump que o espero aqui, junto a (Vladimir) Putin e (Volodymyr) Zelensky", afirmou o aliado de Moscovo numa entrevista ao blog do americano Mario Nawfal, publicada nesta quarta-feira e gravada a 27 de fevereiro, segundo a agência oficial de notícias Belta.

"Vamos sentar-nos e chegar a um acordo com tranquilidade. Se quiserem chegar a um acordo", insistiu Lukashenko.

No poder em Minsk desde 1994, Lukashenko é um dos principais aliados de Putin e cedeu o seu território às tropas russas no início da operação contra a Ucrânia, em fevereiro de 2022.

Na entrevista, no entanto, ele destacou que "é necessário chegar a um acordo" com Zelensky "porque grande parte da sociedade ucraniana está com ele".

"São apenas 200 km entre a fronteira bielorrussa e Kiev. Meia hora de avião. Venha", disse ao homólogo ucraniano.

A oferta de Lukashenko acontece após dias turbulentos nas relações entre a Ucrânia e a administração de Donald Trump, que expulsou Zelensky da Casa Branca na sexta-feira depois de uma discussão no Salão Oval, quando o presidente americano acusou o ucraniano de não querer a paz.

A situação pareceu menos tensa na terça-feira, quando Trump afirmou que recebeu uma carta de Zelensky na qual este afirma estar disposto a negociar com a Rússia para uma "paz duradoura".