“Tenho pena que não tenhamos desenvolvido muito antes relações com este belo país”, declarou o chefe de Estado marfinense no Palácio de Belém depois de um encontro com o seu homólogo, Marcelo Rebelo de Sousa.

Ouattara assinalou que esta é “a primeira visita de um chefe de Estado da Costa do Marfim a Portugal” e recordou uma visita de Mário Soares ao seu país há 30 anos.

As relações bilaterais têm vindo a crescer e o presidente marfinense explicou que a Costa do Marfim se tornou “um país atrativo após a crise” de 2010/2011.

“O meu país está em paz, em segurança, a democracia instalou-se”, afirmou Ouattara, adiantando que a Costa do Marfim “tem tido uma extraordinária ‘performance’ económica”, com um crescimento de 9% ao ano nos últimos cinco anos.

Declarando-se “contente” por várias empresas portuguesas mostrarem interesse no seu país, bem como com a “ajuda” dada pelas ligações aéreas diretas entre Lisboa e Abidjan, retomadas pela TAP este ano, o presidente da Costa do Marfim disse esperar o reforço da parceria entre os dois países.

Alassane Ouatara agradeceu ainda o apoio de Portugal na eleição da Costa do Marfim para o Conselho de Segurança das Nações Unidas, que passará a integrar em janeiro de 2018, e expressou condolências devido aos incêndios que atingiram o país nos últimos meses.

Ouattara, de 75 anos, termina o seu segundo mandato como presidente em 2020 e no domingo surpreendeu o seu partido, a União dos Republicanos, ao recusar a proposta de retomar a chefia da RDR.

“Estou seguro de que o partido está em boas mãos e que se continuará a reforçar”, comentou em Lisboa Ouattara, a propósito da escolha de Henriette Diabaté, nome proposto por si, para presidente do RDR.

O chefe de Estado foi designado presidente honorário da União dos Republicanos.