Na comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas, por requerimentos de PSD e CDS-PP, o responsável manifestou “confiança total” na segurança do túnel que liga Amarante e Vila Real, sobretudo depois das “respostas que os meios e as estruturas deram a este acidente grave”.
“Não tivemos uma única vítima”, sublinhou António Laranjo, referindo que uma semana depois do acidente foram “repostas todas as condições para aquele túnel”.
Informando que a IP desenvolveu os seus inquéritos internos, o responsável garantiu ter havido “rapidez de intervenção” e “reposta atempada” dos sistemas e equipamentos.
Aos deputados, António Laranjo apresentou a ‘fita do tempo’ do acidente e mostrou que o primeiro sinal de alerta foi registado às 20:29, com o início de libertação de fumo de um autocarro. Cerca de cinco minutos depois a situação foi transmitida ao Comando Distrital de Operações e Socorro (CDOS) local.
O líder da IP garantiu ter sido cumprido o plano de emergência interna, manifestando “satisfação” com a intervenção no acidente.
Em resposta ao deputado social-democrata Luís Leite Ramos sobre a eventual falta de meios e de treino das corporações de bombeiros, Laranjo enumerou o simulacro e os exercícios realizados antes da inauguração do túnel, a formação dada e a aquisição de equipamentos de proteção individual “numa quantidade acordada” com os bombeiros.
O simulacro após a abertura teve três adiamentos, por solicitação das corporações.
Aos deputados, o responsável assumiu “haver coisas a melhorar” e revelou, que após as reuniões com a Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC), se percebeu que “pode haver maior rapidez de comunicação ‘online’, imediata”, ao possibilitar à ANPC aceder remotamente a imagens da IP.
O incêndio de um autocarro com 20 passageiros, da empresa Rodonorte, dentro do Túnel do Marão, ao quilómetro 74 da autoestrada do Marão, entre Amarante e Vila Real, obrigou, a 11 de junho, ao corte do trânsito em ambos os sentidos, mas não causou vítimas.
O túnel que liga Amarante, no distrito do Porto, a Vila Real, abriu em maio do ano passado e tem duas galerias gémeas, cada uma com duas faixas de rodagem e com um comprimento de 5.665 metros.
O incêndio com o autocarro de passageiros foi o primeiro acidente do género, em dimensão, ocorrido num túnel em Portugal.
(Notícia atualizada às 12h47)
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