"Pela sua dedicação à atividade empresarial e agora à liderança desta associação, não apenas uma visão da região, mas uma visão nacional, o Estado português não podia deixar de o homenagear a si, atribuindo-lhe a Grande Cruz da Ordem do Mérito Empresarial", disse Marcelo Rebelo de Sousa que discursava no jantar comemorativo dos 170 anos da AEP.
A atribuição foi feita a Paulo Nunes de Almeida imediatamente a seguir ao discurso no palco montado nas Caves de Vinho do Porto, em Vila Nova de Gaia diante de cerca de duas centenas de convidados, numa iniciativa que reúne membros do Governo, dirigentes de associações, universidades e instituições, bem como empresários.
Marcelo Rebelo de Sousa começou por revelar que tinha planeado "falar dos desafios que se colocam no mundo, na Europa e em Portugal à iniciativa privada", mas decidiu enveredar por três mensagens, resumindo-as como: "Um elogio ao Norte, um elogio à iniciativa privada e outro ao presidente da AEP".
"Não há como ignorar o peso decisivo do Norte, o espírito decisivo do Porto, e dentro do Norte, o peso específico do Porto, em termos de desenvolvimento económico, justiça social, criatividade, inovação e capacidade de saber antecipar os desafios e projetar os sonhos legítimos do futuro. Foi assim, é assim e será assim sempre. Os 170 anos [da AEP que tem sede no Porto] são o exemplo desse espírito e do serviço desse espírito a Portugal", disse o chefe de Estado.
Quanto à iniciativa privada, Marcelo Rebelo de Sousa frisou que é esta quem "cria riqueza em Portugal", salvaguardando, no entanto, como "óbvio que compete ao Estado definir os quadros normativos, regular o que deve ser regulado, promover e incentivar".
O Presidente da República somou a ressalva de que "compete ao setor social uma missão importantíssima", lembrando que essa missão foi visível "no período dificílimo de crise" recente.
"Mas é a iniciativa privada, são os empresários, os empreendedores, os fatores de crescimento e de justiça social. Eles que têm dívidas, mas trabalham todos os dias para cumprirem as suas obrigações e para serem um exemplo e um modelo na sociedade portuguesa, são eles os fatores decisivos do progresso do país. Foi assim, é assim e será assim", disse momentos antes de atribuir a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Empresarial - Classe do Mérito Industrial ao presidente da AEP.
Antes, o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, também prestou homenagem à AEP, frisando que esta associação "é um parceiro e protagonista ao lado das empresas e das instituições", sublinhando o "esforço de modernização e adaptação aos novos tempos do movimento associativo".
Já o anfitrião da sessão comemorativa, o presidente da AEP que acabou por ser o principal homenageado da noite, Paulo Nunes de Almeida, ao dar as boas-vindas aos convidados falou da ligação da associação ao Porto, mas sobretudo ao país, e enumerou vários projetos.
"A AEP considera hoje, como em 1849, como sua principal responsabilidade lutar com todas as forças e com todos os meios ao seu alcance para que Portugal recupere a imagem de dinamismo, ambição e determinação que foi sua e contribuir para que o país se mobilize para o desenvolvimento social harmonioso e num ambiente de justiça e paz social", frisou Paulo Nunes de Almeida.
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