Numa declaração publicada na página da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa referiu ter recebido a notícia com satisfação e realçou que “a produção dos Bonecos de Estremoz está ativa na cidade de Estremoz há mais de trezentos anos e distingue-se por uma forte referência identitária à região alentejana, pois a vasta maioria das Figuras refere-se a cenas e ofícios locais, bem como às devoções mais populares”.

“Saúdo por isso este reconhecimento e a visibilidade acrescida proporcionada por esta classificação numa Lista da UNESCO, que será sem dúvida extremamente positiva para a salvaguarda de elementos semelhantes em Portugal e noutros países”, acrescentou o Presidente da República.

Já hoje, o ministro da Cultura afirmou que a distinção dos "Bonecos de Estremoz" como Património Imaterial da Humanidade é "um orgulho" para Portugal, comprometendo-se o governante a dar apoio a outras iniciativas para que tenham o mesmo reconhecimento.

A classificação da "Produção de Figurado em Barro de Estremoz", vulgarmente conhecida como "Bonecos de Estremoz", foi decidida hoje na 12.ª Reunião do Comité Intergovernamental da UNESCO para Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, que decorre na Ilha Jeju, na Coreia do Sul, até sábado.

A decisão, que ocorreu pelas 01:05 (hora de Lisboa), foi bastante celebrada pela comitiva portuguesa que durante os festejos exibiu exemplares de "Bonecos de Estremoz".

Os "Bonecos de Estremoz" pertencem a uma arte de caráter popular, com mais de 300 anos de história, tendo sido o primeiro figurado do mundo a merecer a distinção de Património Cultural Imaterial da Humanidade, na sequência da candidatura apresentada pela Câmara Municipal de Estremoz, no distrito de Évora.

A candidatura teve como responsável técnico o diretor do Museu Municipal de Estremoz, Hugo Guerreiro.

Com mais de uma centena de figuras diferentes inventariadas, a arte, a que se dedicam vários artesãos do concelho, consiste na modelação de uma figura em barro cozido, policromado e efetuada manualmente, segundo uma técnica com origem pelo menos no século XVII.

Em Estremoz, trabalham atualmente nesta arte emblemática Afonso e Matilde Ginja, Célia Freitas, Duarte Catela, Fátima Estróia, Irmãs Flores, Isabel Pires, Jorge da Conceição, Miguel Gomes e Ricardo Fonseca.

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