PS

"O PS não desejava estas eleições. Demos todas as condições para que este governo pudesse governar", começou por explicar Pedro Nuno Santos.

"Mas também dissemos desde o início que nunca viabilizaríamos um moção de confiança. O PM, mesmo sabendo a posição dos partidos, sabendo que a moção de confiança ia ser chumbada, decidiu apresentá-la", afirmou

"Agora temos eleições. A escolha será entre dois projetos e duas lideranças. A confiança no projeto depende da liderança. Temos de escolher um Governo duradouro. Será entre o PS e o PSD que se vai escolher a saúde da nossa democracia", afirmou o secretário-geral do PS.

Chega

O líder do Chega, André Ventura, afirmou que a data das eleições nunca foi o mais importante, mas que os "portugueses precisam de ultrapassar esta crise. Não havia mais nenhuma solução. Esta era a única hipótese".

"Porém, não será injusto dizer que esta declaração do Presidente da República foi diferente de todas as outras. Percebemos que Marcelo Rebelo de Sousa quis transmitir ao país que a responsabilidade é do primeiro-ministro", afirmou Ventura.

"O Chega, desde que foram conhecidos estes factos, sabia que a opção era ir a eleições. É evidente que não podemos deixar de chamar a atenção que estamos novamente em eleições legislativas e isto deve-se à incapacidade de um homem e de um Governo. O Chega e os outros partidos devem discutir o futuro do país, nesta campanha eleitoral. Vamos levar aos portugueses os temas que interessam".

PCP

Paulo Raimundo explicou que o partido vai levar para o debate eleitoral "tudo aquilo que afeta os portugueses. Tudo aquilo que é preciso para melhorar a vida. Precisámos de resguardar a nossa democracia. Precisámos de aumentar salários. Do PCP e da CDU estamos aqui para enfrentar este debate", explicou o líder comunista.

CDS-PP

Paulo Núncio, líder parlamentar do CDS-PP, afirmou que "este governo merece ser reconduzido", explicando a motivação para manter o trabalho anteriormente feito.

Livre

Rui Tavares afirmou que os eleitores devem “evitar que esta crise ética, individual do primeiro-ministro se transforme numa crise de regime. Esperemos que a campanha eleitoral seja esclarecedora", disse.

"Esperemos que hajam alternativas, que se discutam os problemas do país e não haja um atirar de culpas", referiu o líder do Livre.

PAN

"Luís Montenegro arrastou o país para eleições antecipadas. O PM e o seu Governo falhou com os portugueses. Este episódio não representa o trabalho da Assembleia da República. Foi por isso que o Orçamento de Estado que entrou não foi o mesmo que saiu. Por isso é que o PAN está aqui, para apresentar alternativas para os portugueses", afirmou Inês Sousa Real.

IL

Mariana Leitão afirmou que o "país está focado em melhorar. É nisso que a Iniciativa Liberal está focada. Queremos uma campanha pela positiva que apresente aos portugueses soluções de confiança".

Bloco de Esquerda

"O que se passou para justificar a queda do Governo não foi um conflito. Há de facto um problema ético. O PM recebe avenças de uma empresa de foro pessoal e de não querer prestar mais esclarecimento", apontou Mariana Mortágua.

"Queremos uma campanha de propostas e de soluções", explicou a coordenadora bloquista.

As eleições legislativas antecipadas vão realizar-se a 18 de maio, na sequência da crise política que levou à demissão do Governo PSD/CDS-PP, anunciou hoje Presidente da República.

Numa comunicação ao país após uma reunião do Conselho de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa pediu um "debate claro, digno" nos 65 dias que faltam para o ato eleitoral.

Segundo a lei eleitoral da Assembleia da República, em caso de dissolução, o chefe de Estado marca a data das eleições legislativas com a antecedência mínima de 55 dias.

Última atualização às 20h45