“A Native Scientists implementa ligações entre cientistas e alunos das comunidades migrantes, promovendo a literacia científica e linguística, e combatendo as desvantagens educativas e socioeconómicas destas comunidades”, sublinhou o chefe de Estado português, de acordo com uma nota publicada no ‘site’ da presidência.

O Native Scientists, que leva cientistas às comunidades emigrantes e tem sede em Braga, foi hoje o único português a ser galardoado com um prémio Novo Bauhaus Europeu, numa cerimónia que decorreu em Bruxelas.

Questionado pelos jornalistas após receber o prémio, o responsável pelo projeto Ciência em Comunidades Migrantes, Afonso Bento, disse que receber o prémio, que tem um valor monetário de 30 mil euros, significa continuar a "ter a capacidade de tornar a ciência acessível para diferentes comunidades migrantes".

"Nós não trabalhamos só com a comunidade portuguesa, ou seja, o que nós fazemos é unir cientistas e crianças que são da mesma comunidade migrante, por toda a Europa", acrescentou, falando numa rede que ultrapassa os 3.000 cientistas.

O projeto, que além de Braga tem sede em Londres, onde foi fundado por Joana Moscoso e Tatiana Correia, foi um dos 15 premiados a nível europeu, tendo sido galardoado no tema "Reconquistar um Sentimento de Pertença", inserido na categoria "Campeões da Educação".

Para os prémios Novo Bauhaus Europeu estavam também nomeados os projetos nacionais Casas e Lugares do Sentir (Fundão, distrito de Castelo Branco), Reabilitar Troço-a-Troço (Santarém), Uma casa é uma montanha é um chapéu (Lisboa), o programa Atlantis (Sesimbra, distrito de Setúbal) e o projeto Global Field, (Odemira, distrito de Beja).

Os galardões Novo Bauhaus Europeu visam distinguir projetos ambientais, económicos e culturais que combinem sustentabilidade, acessibilidade de preços e investimento, para enquadrar a transição climática e a mudança cultural, como propõe o Pacto Ecológico Europeu, tendo este ano sido selecionados 61 finalistas.