
Este recital está marcado para hoje, às 21h00, com atuações das sopranos Ana Maria Pinto e Marina Pacheco, acompanhadas ao piano por Olga Amaro e Cristóvão Luís, depois do colóquio sobre “O diálogo com a poesia na obra musical de António Victorino d'Almeida", de uma conversa e de uma sessão de autógrafos com o compositor.
Outro dos destaques do primeiro dia é a chegada do comboio literário, ao início da tarde, à estação do Pocinho, com 22 alunos do Balleteatro de Matosinhos a bordo, que, além de recitarem poesia durante a viagem, também a levam ao Mercado, à Rua de S. Miguel, à Praça do Tablado e à Praça do Município, em contacto direto com a população.
Em declarações à agência Lusa, a vereadora com o pelouro da Cultura no município de Foz Côa, Ana Filipe, adiantou que ao longo dos quatro dias do festival, haverá várias atividades culturais para diferentes públicos, a começar pelos alunos das escolas deste concelho do distrito da Guarda.
“Durante os quatro dias do festival de poesia e música teremos um programa muito eclético, com atividades que têm o seu início às 10:00 e se prolongam ao longo do dia e da noite, com vários poetas de renome”, vincou.
Segundo Ana Filipe, este festival, o festival literário mais antigo do país, representa a cultura no interior, despertando o interesse pelas artes, principalmente no seio da comunidade escolar.
Ao longo da manhã de hoje haverá sessões com alunos nas escolas, encontros e debates com os poetas Álvaro Leonardo Teixeira e Eduardo Leal, a sessão infanto-juvenil “O 25 de Abril e a música”, com Carlos Pedro e Rui Fonseca, e uma oficina de canto com Ana Maria Pinto.
No período da tarde, o tempo será para o colóquio dedicado a António Victorino d'Almeida, com intervenções da editora Cristina Ovídio, do investigador Jorge Maximino e do músico e compositor Alejandro Erlich-Oliva.
O segundo dia, quinta-feira, tem Ana Zanatti como protagonista com um encontro-leitura, a apresentação do livro “As Trapezistas”, e o recital “O poema começa com um nó na garganta”, pela escritora e atriz Ana Zanatti e José Anjos.
Na sexta-feira será a vez do “colóquio-homenagem” ao escritor A.M.Pires Cabral (“A poesia de A. M. Pires Cabral: 50 anos em perspetiva”) com "dois poetas insulares ao fundo”, na influência de António Aragão (1921-2008) e Herberto Helder (1930-2015), e intervenção do poeta António Barros em conversa com Augusta Villalobos.
A jornada inclui ainda sessões com estudantes e professores e o encontro com os poetas A. M. Pires Cabral e Fernando Pinto do Amaral, os atores Rui Spranger e Ana Couto e o músico José Anjos. Também haverá leitura de poemas de Luís de Camões e Fernando Pessoa e a atuação do Apuro Teatro.
No sábado, a poesia domina o programa. Realizar-se-á o debate “A poesia e as ideias de Luís de Camões na cultura contemporânea”, por José Henrique Manso e Fernando Pinto do Amaral, será apresentada a antologia “Adeus campos felizes”, por Rui Lage, e recitada poesia de Natália Correia, Alexandre O'Neill e Fiama Hasse Pais Brandão, por Ana Couto.
Mafalda Veiga encerra o festival com uma "conversa-concerto".
Segundo os promotores, o festival de poesia aproveita a deslocação dos autores para reforçar a aproximação ao ensino, numa perspetiva pedagógica.
A retribuição dos alunos à comunidade, segundo os promotores, é feita com a leitura de poemas de Luís de Camões, nos 500 anos do seu nascimento, e a exposição “A amizade na arte”, na biblioteca escolar.
Durante o festival realiza-se a Feira do Livro de Poesia, promovida pela Snob Livraria e Editora.
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