“A operação Afrine começou, de facto, no terreno”, declarou Erdogan num discurso na televisão turca.
“Em seguida, será Minbej”, acrescentou, referindo-se a outra cidade síria, mais a leste, sob o controlo curdo.
“Mais tarde, passo a passo, vamos livrar nosso país até a fronteira iraquiana desta crosta de terror que tenta nos assediar”, prometeu o Presidente turco.
Afrine é uma região na Síria dominada pelas Unidades de Proteção do Povo (YPG), uma milícia curda considerada por Ancara uma organização terrorista, mas é um importante aliado dos Estados Unidos na luta contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI).
A perspetiva de uma ofensiva turca em grande escala na Síria é considera preocupante em Washington.
O exército turco, na sexta-feira e hoje, atacou posições do YPG na Síria e reuniu centenas de soldados e dezenas de veículos blindados ao longo da fronteira, ameaçando atacar a cidade com a ajuda de rebeldes sírio pró-Ancara.
A Turquia acusa o YPG de ser o ramo sírio do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que promove uma rebelião no sudeste da Turquia há de 30 anos.
O ministro da Defesa turco, Nurettin Canikli, já havia dito na sexta-feira que a operação militar havia começado, mas confirmou que as tropas terrestres ainda não haviam entrado em território sírio.
Os analistas acreditam que não haverá uma ofensiva razoavelmente importante na Síria sem um acordo com a Rússia, presente militarmente na região e que tenha boas relações com o YPG.
O chefe do exército turco, o general Hulusi Akar, e o oficial dos serviços de informação Hakan Fridan viajaram para Moscovo na quinta-feira para estabelecer um diálogo sobre a Síria com seus homólogos russos.
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