Erdogan telefonou ao primeiro-ministro, Binali Yildirim, para o felicitar pelos resultados do referendo constitucional, assumindo que o “sim” às reformas venceu a consulta, segundo fontes da presidência citadas pela agência noticiosa semioficial Anadolu.
Erdogan telefonou a Yildirim após considerar “clara” a vitória do “sim”, e também contactou com Devlet Bahçeli, dirigente do Partido Ação Nacionalista (MHP), que também participou na campanha pelo “sim”, apesar da oposição de parte considerável das suas bases.
Previamente, Bahçeli tinha já referido numa declaração que os eleitores turcos optaram “de livre vontade” pelas reformas que reforçam os poderes presidenciais e definiu os resultados como “um sucesso muito importante, uma vitória que torna a desistência e a negação impossíveis”.
O chefe da formação ultranacionalista, quarta força política no parlamento de Ancara, rejeitou ainda a “pressão, chantagem, imposição, pressão e ameaças de todo o mundo para que a escolha do ‘não’ triunfasse”.
O MHP apoiou o Presidente turco e seu Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP) no projeto de alteração do sistema parlamentar na Turquia para um regime presidencialista.
Também o ministro turco dos Negócios Estrangeiros, Mevlut Cavusoglu, se referiu ao nascimento de uma “nova Turquia” na sequência dos resultados.
Perante um grupo de apoiantes na cidade de Antalya, de onde é natural, disse. “A partir de hoje, existe uma verdadeira nova Turquia. Haverá estabilidade e confiança na nova Turquia”.
O primeiro ministro-turco Binali Yildirim também reclamou vitória, apesar de os resultados oficiais ainda não terem sido divulgados.
Com 98.72% dos votos contabilizados, os resultados oficiais forneciam 24.795.707 votos ao Sim”, e 23.478.344 votos ao “não”, que venceu nas grandes cidades, na zona costeira do mar Egeu e no sudeste do país, de maioria de população curda.
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