"A prioridade, na Venezuela, não é fazer eleições, a prioridade é a economia, recuperar a produção (...) há que ser claro", disse, no programa de rádio e televisão "Em Contato com Maduro", transmitido desde o Quartel da Montanha, onde repousam os restos de Hugo Chávez, que presidiu o país entre 1991 e 2013.

"Maduro está aqui e vai continuar aqui (...) porque aqui não haverá [referendo] revogatório", frisou.

Segundo o chefe de Estado, "a oposição venezuelana não pode considerar que será Governo porque não tem ideias, não têm projeto".

No seu entender, a vitória da oposição nas últimas eleições parlamentares foi apenas um "tropeção".

"Na Venezuela, a revolução teve um tropeção a 06 de dezembro, mas a revolução é irreversível, graças à vanguarda social, extensa, coletiva, de grande qualidade humana", disse.

A oposição venezuelana quer realizar um referendo para revogar o mandato presidencial em 2016 e tem acusado o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) de atrasar propositadamente a calendarização das diferentes etapas do processo, para demorar a saída de Nicolás Maduro do poder.

Se o referendo se realizar até 10 de janeiro de 2017 deverão ser convocadas novas eleições presidenciais, segundo a legislação venezuelana.

Se a consulta ocorrer depois daquela data, o vice-Presidente da Venezuela em funções, atualmente Aristóbulo Isturiz, assumirá os destinos do país até 2019, quando termina o atual mandato presidencial.

A 28 de setembro o CNE afastou a possibilidade de o referendo se realizar antes de meados do primeiro trimestre de 2017.