"De modo a tranquilizar a população, e antevendo o pior, a Junta de Freguesia de São Pedro encetará todos os esforços para que existam alternativas de modo a que parte dos serviços em causa não deixem de ser prestados à população na própria freguesia", sinalizou José Manuel Leal, presidente da junta, no concelho de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.
O autarca do PSD sustenta que a freguesia a que preside tem mais de 8.000 habitantes, sendo "uma das mais populosas dos Açores", e onde "prevalece uma população envelhecida".
As alternativas apresentadas, diz, "não servem à esmagadora maioria da população por diferentes razões", e nesse sentido a junta irá nos próximos dias solicitar reuniões com o presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro (PS), com o presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, José Manuel Bolieiro (PSD), e com os representantes dos Açores na Assembleia da República, "de modo a fazer pressão e a pedir apoio para a sua reivindicação em defesa da manutenção do posto de Correios" em causa.
Os CTT confirmaram em 02 de janeiro o fecho de 22 lojas no âmbito do plano de reestruturação, que, segundo a Comissão de Trabalhadores dos Correios de Portugal, vai afetar 53 postos de trabalho.
A empresa referiu que o encerramento de 22 lojas situadas de norte a sul do país e nas ilhas "não coloca em causa o serviço de proximidade às populações e aos clientes, uma vez que existem outros pontos de acesso nas zonas respetivas que dão total garantia na resposta às necessidades face à procura existente".
Em causa estão os seguintes balcões: Junqueira (concelho de Lisboa), Avenida (Loulé), Universidade (Aveiro), Termas de São Vicente (Penafiel), Socorro (Lisboa), Riba de Ave (Vila Nova de Famalicão), Paços de Brandão (Santa Maria da Feira), Lavradio (Barreiro), Galiza (Porto), Freamunde (Paços de Ferreira), Filipa de Lencastre (Sintra), Olaias (Lisboa), Camarate (Loures), Calheta (Ponta Delgada), Barrosinhas (Águeda), Asprela (Porto), Areosa (Gondomar), Araucária (Vila Real), Alpiarça, Alferrarede (Abrantes), Aldeia de Paio Pires (Seixal) e Arco da Calheta (Calheta, na Madeira).
A decisão de encerramento tem motivado críticas de autarquias e utentes.
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