“Eu tenho um bónus se o plano de reestruturação for cumprido, plenamente cumprido. Estamos a falar de um horizonte até 2025 - é a estrutura do meu contrato - mas ainda falta muito tempo. É algo que requer, como podem imaginar, resiliência e visa assegurar [que o plano de reestruturação] é o principal foco deste cargo”, sublinhou Christine Ourmières-Widener no parlamento.

A presidente executiva da TAP falava na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, numa audição requerida pelo Chega, para prestar esclarecimentos sobre a indemnização de 500.000 euros à antiga administradora Alexandra Reis, que foi também presidente da NAV e secretária de Estado do Tesouro.

Ourmières-Widener não quis clarificar o valor do bónus, apesar de ter sido questionada várias vezes sobre o assunto.

Após perguntas da deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua sobre o seu salário, Ourmières-Widener confirmou que o seu rendimento é de 504 mil euros anuais, mas ressalvou que esse valor é “37% inferior” ao do seu antecessor.

A presidente da TAP reconheceu que, para muita gente, o valor da sua remuneração pode ser considerado “muito dinheiro”, mas assegurou que a sua equipa executiva está a “tentar fazer tudo” para garantir que a companhia tem um “grande futuro”.

“Tenho muito orgulho em ser CEO desta companhia. É um trabalho muito difícil e acho que tento, todos os dias, assegurar-me de que o meu salário é consistente com as tarefas que me são exigidas”, sublinhou.