Na pequena povoação de Przewodow, Duda declarou ter contactado com o homólogo ucraniano Volodymyr Zelensky e admitiu existirem “grandes emoções” na sequência da situação originada pela queda do míssil.

“Em nossa opinião, a explosão do míssil foi o resultado de um acidente, este facto não pode ser considerado como um ataque à Polónia”, disse Duda perante os ‘media’ polacos.

O chefe de Estado polaco baseou-se na tese que assenta nos resultados preliminares da investigação e explicou que “a Rússia disparou centenas de mísseis, a Ucrânia defendeu-se, e devido a isso ocorreu um incidente em Przewodow”.

“De certa forma, esta é uma tragédia comum”, comentou o dirigente polaco, que concordou com a participação ucraniana na investigação do caso, apesar de precisar que “a participação de representantes da Ucrânia (….) deve realizar-se em conformidade com o direito internacional aplicável”.

Após o impacto do míssil antiaéreo na povoação polaca, o Presidente ucraniano reiterou que o projétil foi lançado pela Rússia, mas investigações posteriores indicam que poderá tratar-se de um míssil disparado pelas forças ucranianas e que se desviou da rota.

O primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, e ainda Duda, compareceram na quarta-feira perante os ‘media’ para confirmar que a teoria mais plausível aponta para a autoria ucraniana, apesar de sublinharem que “a última responsabilidade é da Rússia”, por ter iniciado a guerra.

Por sua vez, Jakub Kumoch, responsável pela política internacional no gabinete presidencial, afirmou hoje que “existem imagens de vídeo” que apoiam a teoria de que o míssil foi disparado pela Ucrânia e sublinhou que “existem peritos polacos e norte-americanos” envolvidos na investigação e “capazes de calcular a direção de onde veio o míssil e inclusive a quantidade de combustível que utilizou”.

O funeral das duas vítimas está previsto para o próximo sábado.