"Seria melhor se o serviço secreto russo matasse o jornalista?", rebateu Porochenko ao ser questionado sobre a encenação que, segundo Kiev, permitiu frustrar uma tentativa de assassinato real contra o jornalista, um grande crítico de Vladimir Putin.

"Se queremos proteger a liberdade de imprensa, se queremos proteger os jornalistas, devemos utilizar este tipo de técnica", defendeu Poroshenko.

A polícia ucraniana anunciou no dia 29 de maio a morte de Babchenko, mas no dia seguinte o jornalista apareceu numa conferência de imprensa organizada pelos serviços de segurança.

Jornalista russo dado como morto está vivo. Afinal, tudo não passou de uma encenação das secretas ucranianas
Jornalista russo dado como morto está vivo. Afinal, tudo não passou de uma encenação das secretas ucranianas
Ver artigo

"O serviço secreto ucraniano prendeu o culpado e em breve demonstrará de onde recebeu o dinheiro, as ordens, as listas de jornalistas a matar", disse Poroshenko ao El País.

As autoridades ucranianas afirmaram que o detido tinha uma suposta lista de 30 pessoas para assassinar na Ucrânia e em outros países da União Europeia.

Poroshenko afirmou que não informou pessoalmente os outros governos, mas que os "serviços especiais neste nível cooperam entre si".

Já numa outra ocasião o presidente ucraniano tinha classificado como "brilhante" a operação dos serviços secretos do seu país para fingir o assassinato do jornalista opositor russo, Arkadi Bábchenko.

O jornalista crítico do Kremlin, que abandonou a Rússia há um ano e meio após receber ameaças de morte, admitiu que cooperou no último mês com a inteligência ucraniana após ter sido advertido sobre um alegado complô para o seu assassinato, que deveria ter acontecido na véspera da final da Liga dos Campeões.