Nas últimas três semanas, esta zona da cidade registou um corte no abastecimento e a redução drástica na pressão da água que corre nas torneiras, situações que se repetem há vários anos e que são apontadas como “um problema recorrente” também para o Hotel São Lázaro, desde que a unidade abriu portas em 2012.
O diretor-geral, Marcel Silveira, disse à Lusa que “desde que o hotel abriu sempre teve esse problema” e os hóspedes só não ficam sem água porque a unidade hoteleira dispões de dois reservatórios que são imediatamente acionados.
“Quando os clientes reclamam que não tem pressão, eu ligo o reservatório”, indicou o responsável, especificando que os dois reservatórios dão ao hotel uma autonomia “de dois dias” e as falhas provocadas pelas ruturas são de tempo relativamente reduzido.
Esta é uma das razões porque, segundo disse, nunca fez uma exposição oficial sobre o assunto junto do município, mas também porque há muito tempo que os responsáveis da unidade hoteleira sabem que o problema reside na pressão da água, informação obtida junto dos piquetes municipais que procedem às reparações.
Questionado pela Lusa, o presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, confirmou que naquela zona da cidade “havia efetivamente um problema de muita pressão exercida nas condutas”, em virtude de ser a partir dali que a água era levada mais longe, a outras zonas, pelo que “era necessário haver mais pressão”.
Identificado esse problema, o autarca garante que o município fez, em 2016, “um investimento substancial a nível financeiro”, que não quis especificar, para aliviar a pressão nas condutas.
A solução encontrada foi “injetar a água na outra extremidade” da cidade, noutra conduta para libertar a da zona do Sabor “de toda essa pressão que tinha que ser exercida”.
“Neste momento, as coisas, em princípio estarão resolvidas e ruturas poderão acontecer como acontece noutro ponto qualquer da cidade, mas serão seguramente ruturas normais”, afirmou, não apontando que “as ruturas que acontecem agora seguramente não terão a ver com o anterior problema”, mas sem dar garantia absoluta.
“Como é que nós conseguimos especificar qual é a razão de uma rutura?”, questionou, acrescentando que existem na cidade de Bragança “situações em que a canalização é nova, novíssima, com diâmetros relativamente pequenos, 63 ou 75 centímetros, e rebentam na mesma”.
Questionados ainda se os serviços municipais registam mais avarias naquela do que em outras zonas da cidade, o autarca respondeu “ultimamente não sentimos essa diferença”.
“O problema de qualquer rede de águas acaba por ser sempre as ruturas, que provocam-nos prejuízos, quer ao nível das perdas de água, quer também depois na própria necessidade de reparação dessas mesmas condutas”, disse ainda.
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