“Penso que são sinais que estamos a enviar à Rússia [para que perca] que não descartamos nada”, afirmou a primeira-ministra numa entrevista ao jornal norte-americano Politico.
“Todos compreendemos que devemos fazer todo o possível para que a Ucrânia ganhe e a Rússia perca esta guerra”, sublinhou, esclarecendo, no entanto, que o objetivo agora é fornecer o máximo de armas possível às forças ucranianas.
Neste momento, os únicos países que não fecharam completamente a possibilidade de enviar tropas para a Ucrânia foram os países bálticos.
A Letónia afirmou que “consideraria participar” se fosse alcançado um acordo a esse respeito, enquanto a Lituânia evitou opor-se “fortemente” a tal hipótese.
Por outro lado, os restantes parceiros da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) descartaram esta medida e atribuíram as declarações do Presidente francês, Emmanuel Macron, ao seu desejo de ajudar a Ucrânia, concordando, por outro lado, na necessidade de continuar a enviar armas e munições.
Na segunda-feira, Macron afirmou que o envio de tropas terrestres para a Ucrânia não devia “ser excluído” no futuro, apesar de ter reconhecido que, por enquanto, “não existe consenso” sobre o assunto.
“Faremos tudo o que for necessário para que a Rússia não possa ganhar esta guerra”, afirmou na altura o Presidente francês, no final de uma conferência internacional de apoio à Ucrânia.
O conselheiro sénior da presidência ucraniana, Mijailo Podoliak, adiantou hoje “acolher com satisfação” qualquer proposta para melhorar a ajuda ocidental a Kiev.
“Os líderes de vários países europeus sugerem (…) introduzir novas variáveis e delinear o que pode ser feito. E isso é excelente”, disse.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já tinha afirmado na quarta-feira que gostava que Macron lhe explicasse as suas declarações com mais pormenor na próxima reunião que planeiam realizar.
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