Este é o segundo caso do género desde que Meloni chegou ao poder no mês passado.

Fittipaldi, que trabalha para o diário de esquerda Domani, e o diretor do jornal, Stefano Feltri, são acusados de distorcer os factos num artigo publicado no ano passado, sugerindo que a líder da extrema-direita tinha tentado ajudar um amigo a ganhar um concurso público durante a pandemia.

Meloni, cujo partido Irmãos de Itália estava na oposição na altura, negou-o e entrou com um processo.

Um juiz de Roma decidiu na semana passada levar o caso a julgamento, disse Fittipaldi à agência France-Presse.

Uma fonte do gabinete de Meloni indicou que o julgamento está marcado para 10 de julho de 2024.

“Só denunciei informações verdadeiras”, disse o jornalista, prometendo que ele e o seu jornal vão continuar as investigações, incluindo em casos “embaraçosos”.

A decisão de processar Fittipaldi junta-se ao caso contra o conhecido escritor e jornalista antimáfia Roberto Saviano, que é acusado de difamação pelas suas críticas à posição da primeira-ministra sobre os migrantes.

Fittipaldi, conhecido pelas suas revelações sobre escândalos no Vaticano, referiu que “é habitual um jornalista de investigação em Itália” ser processado.

“Mas é a primeira vez que vou a julgamento contra um primeiro-ministro, que tem um poder gigantesco em comparação com um jornalista da oposição”, sublinhou.