As manifestações foram convocadas para várias cidades do país pela oposição georgiana, que contesta a vitória de Zurabishvili e acusa as autoridades de falsificarem os resultados das eleições de 28 de novembro.
Segundo a Comissão Eleitoral, Zurabishvili, de 66 anos e nascida em Paris, obteve na segunda volta das eleições presidenciais 59,5 % dos votos, face aos 40,5 % do seu principal concorrente, Grigol Vashadze.
O maior protesto registado teve lugar em Telavi, a 100 quilómetros de Tbilissi, onde Zurabishvili prestou juramento perante representantes de mais de 50 países.
As caravanas de manifestantes que, desde cedo, rumaram à pequena localidade georgiana, foram bloqueadas no caminho pelas forças de segurança, e os choques entre os manifestantes e agentes resultaram em vários feridos, segundo imagens difundidas pelos media georgianos.
Um grupo de manifestantes conseguiu ultrapassar o cordão de segurança e manifestou-se a poucos metros do Palácio Rei Heráclio II, onde decorreu a cerimónia de investidura.
Zurabishvili, vestida com as cores da bandeira da Geórgia, jurou "defender a Constituição, a independência e a unidade do país".
A primeira mulher Presidente do país prometeu trabalhar "para fortalecer as posições da Geórgia na Europa" e "unir a nação", tarefas que considerou prioritárias.
No discurso de tomada de posse, Zurabishvili, que foi criticada por algumas declarações sobre a guerra russo-georgiana de 2008, foi perentória a afirmar que a Geórgia não aceitará a perda de controlo sobre os enclaves separatistas da Abkházia e da Ossétia do Sul
"A Rússia ocupou a Abkházia e a Ossétia do Sul", afirmou, instando Moscovo a respeitar as normas do direito internacional.
Com a investidura de Zurabishvili, antiga embaixadora francesa em Tbilissi e ex-ministra dos Negócios Estrangeiros, conclui-se oficialmente a conversão da Geórgia numa República Parlamentar, com um chefe de Estado com funções meramente representativas.
Segundo uma emenda à Constituição, o chefe de Estado terá a "importante e exclusiva" competência de conceder indultos.
Zurabishvili terá um mandato de seis anos e o seu sucessor será eleito pelos 150 membros do Parlamento e por 150 comissários designados pelas administrações locais.
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