“Serei primeiro-ministro demissionário a partir desta segunda-feira”, mas “voltaremos”, anunciou o governante visivelmente emocionado.
Através da voz do governante, o Open VLD reconheceu a sua derrota nas eleições de domingo na Bélgica. Alexander De Croo será o primeiro-ministro demissionário a partir de segunda-feira, 10 de junho.
De acordo com os resultados já apurados, maior partido de extrema direita da Bélgica obteve resultados piores do que o esperado este domingo, nas eleições nacionais e regionais que coincidiram com as eleições europeias, segundo assondagens à boca da urna.
A Bélgica é um país de 11,7 milhões de habitantes dividido entre a zona de língua holandesa de Flandres, no norte do país, e a Valônia, no sul, onde a população fala francês.
Segundo as as sondagens à boca de urna, o partido de extrema direita Vlaams Belang conquistou cerca de 22% dos votos na Flandres. Porém, os conservadores do N-VA terão obtido 25% dos votos.
Na Valônia e em Bruxelas, a capital, as primeiras sondagens apontam para uma perda de votos para os ambientalistas.
A Bélgica demorou 493 dias para formar um governo de coligação após as eleições de 2019.
Com o aumento do apoio à extrema direita na Flandres e o avanço da esquerda na Valônia, há receios de que esta situação se repita ou que o recorde estabelecido entre 2010 e 2011, quando os políticos demoraram 541 dias para formar um governo, possa até ser superado.
O líder do N-VA, Bart De Wever, que surge como o próximo primeiro-ministro, reiterou que não fará um acordo com ultradireitistas do Vlaams Belang.
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