O primeiro-ministro, António Costa, frisou, naquele concelho do distrito de Lisboa, que a parceria estabelecida entre município e Ministério da Saúde para a construção das novas instalações “é uma boa prova de que, juntando esforços e dando as mãos, se consegue fazer mais e melhor”.

A obra resulta de um investimento de 700 mil euros, financiados em 15% pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e em 85% por fundos comunitários.

Através de protocolo, assinado em 2016, o Ministério da Saúde transferiu a dotação financeira e a competência de lançar concurso e acompanhar a obra para a Câmara do Cadaval que, por sua vez, cedeu à tutela o terreno para a sua construção por um prazo de 50 anos.

A ministra da Saúde, Marta Temido, disse que a modernização de instalações “permite ganhos no trabalho dos profissionais e funcionalidade do serviço prestado à população”, ao congregar uma Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados, uma Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados, uma Unidade de Cuidados na Comunidade e uma Unidade de Saúde Pública.

A unidade, composta por sete médicos, nove enfermeiros, cinco assistentes técnicos e um assistente operacional, vai servir 13.200 utentes.

Está dotada de nove gabinetes de consulta médica, três gabinetes de enfermagem, duas salas de tratamento, um gabinete de saúde oral, um ginásio e seis gabinetes de trabalho.

À espera do novo centro de saúde desde 2004, o presidente da câmara, José Bernardo Nunes, disse tratar-se de uma obra prioritária para o concelho, porque não só a unidade funciona num edifício alugado pela Santa Casa da Misericórdia, como também essas instalações “já não correspondem às necessidades e é preciso dar melhores condições” aos utentes e profissionais.

O autarca pediu “pelo menos um médico para acabar com a lista de utentes sem médico de família, para alargar o horário de atendimento e para criar uma Unidade de Saúde Familiar.

O centro de saúde foi prometido pelos vários governos e já teve concurso público lançado e empreitada adjudicada.

Depois do contrato celebrado em 2004, o projeto, orçado na ocasião em 1,6 milhões de euros, foi reformulado, após se constatar que o projeto de arquitetura não se adequava ao terreno.

A reformulação do projeto permitiu reduzir o custo da obra.

O problema da adequação do projeto ao terreno ficou resolvido em 2008, mas, desde essa altura, a ARSLVT esteve a analisar os projetos de especialidades e, até meados de 2015, não tinha autorização para iniciar a empreitada, nem transferiu para o município o dinheiro para a obra.

O protocolo entre tutela e município foi estabelecido em setembro de 2016 e dois meses depois a autarquia lançou o concurso público para a empreitada.