O chefe do Governo nipónico indicou ter manifestado junto dos dirigentes do G7 — integrado pelos Estados Unidos, Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Canadá e Japão — o seu “forte sentimento de crise em termos de segurança para a Ásia oriental”.
Fumio Kishida, cujo país preside durante este ano ao G7, deslocou-se numa semana a cada um dos Estados-membros à exceção da Alemanha, por questões de agenda, mas assegurou que pretende visitar Berlim em breve.
“A lição a extrair da Ucrânia é que a segurança da Europa e da região do indo-pacífico são inseparáveis”, indicou no decurso de uma conferência de imprensa um dia após o seu encontro com o Presidente dos EUA, Joe Biden.
“A situação em torno do Japão é cada vez mais grave, entre as tentativas de alterar pela força o ‘staus quo’ no mar da China oriental e no mar da China do Sul, e a promoção pela Coreia do Norte de atividades nucleares e de disparos de mísseis”, considerou.
O líder nipónico fazia alusão ao empenho da China de aumentar o seu envolvimento numa ampla zona marítima em disputa, e que tem originado fricções com o Japão, as Filipinas e o Vietname.
A região também está suspensa pelas tensões em torno de Taiwan, a ilha que Pequim reivindica como parte integrante do país.
A deslocação de Fumio Kishida a Washington segue-se a uma decisão inédita de um país que se reivindica pacifista desde o final da Segunda Guerra Mundial.
O Japão anunciou que pretende duplicar o seu investimento na área da Defesa durante os próximos cinco anos.
Os dirigentes do G7 vão reunir-se em maio para a sua cimeira anual em Hiroxima, onde em 06 de agosto de 1945 os Estados Unidos lançaram uma bomba atómica no primeiro ataque nuclear da História. A cidade é também um bastião eleitoral do primeiro-ministro japonês.
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