Shinzo Abe reuniu-se com o homólogo chinês, Li Keqiang, no Grande Palácio do Povo, na primeira visita bilateral de um líder japonês a Pequim em quase sete anos.
Li anunciou a assinatura de acordos entre firmas chinesas e japonesas, num valor conjunto de 18 mil milhões de dólares (15,8 mil milhões de euros), assinalando o “futuro brilhante” para a cooperação entre os dois países, numa altura em que a liderança de Donald Trump, nos Estados Unidos, ataca as práticas comerciais dos dois países asiáticos, rivais históricos.
Cerca de 500 líderes empresariais japoneses acompanham Abe na visita a Pequim, que inclui a organização de um fórum China-Japão para cooperação em terceiros países, “à luz da crescente influência internacional da China e da ida de empresas chinesas para o exterior”, explicou fonte do Governo nipónico aos jornalistas, esta semana, na embaixada do Japão em Pequim.
Após o encontro com Li Keqiang, o primeiro-ministro japonês vai reunir-se com o Presidente da China, Xi Jinping.
As visitas de alto nível entre os dois países estavam suspensas desde 2012, quando o Japão nacionalizou as ilhas Senkaku (Diaoyu para os chineses), no mar do Leste da China, levando a protestos violentos na China e a uma queda do investimento japonês no país vizinho.
As relações entre Pequim e Tóquio continuam a ser marcadas pelo persistente ressentimento da China relativamente à invasão e à ocupação do país pelo Japão, durante a Segunda Guerra Mundial, e uma rivalidade pela influência política, militar e económica na Ásia.
No entanto, as trocas comerciais entre o Japão e a China atingiram cerca de 300 mil milhões de dólares (263 mil milhões de euros), no ano passado. Desde fabricantes de automóveis a processadores de alimentos, os grupos japoneses são importantes atores no mercado chinês.
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