"O reino tem vontade e capacidade de enfrentar e responder a este ataque terrorista", disse o príncipe Mohammed bin Salman, numa conversa telefónica com o Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, segundo a agência oficial da Arábia Saudita.
Um ataque com drones já reivindicado pelos rebeldes iemenitas Huthis provocou hoje incêndios em duas instalações petrolíferas do gigante saudita Aramco, no leste da Arábia Saudita.
Segundo a Associated Press, o ataque de drones atingiu a maior instalação de processamento de petróleo do mundo e um grande campo de petróleo, provocando grandes incêndios numa zona vulnerável para o fornecimento global de energia.
O enviado especial da ONU para o Iémen, Martin Griffiths, mostrou-se hoje "extremamente preocupado" com o ataque de drones a duas grandes instalações de petróleo na Arábia Saudita.
O ataque, provavelmente, aumentará ainda mais as tensões no Golfo Pérsico, entre os Estados Unidos da América (EUA) e o Irão, devido ao acordo nuclear com as potências mundiais.
Martin Griffiths exortou todas as partes a "prevenir outros incidentes, que representam uma séria ameaça à segurança regional, complicam a situação já frágil e comprometem a política liderada pela ONU".
Um porta-voz militar dos rebeldes Huthis reivindicou o ataque de drones a duas grandes instalações de petróleo na Arábia Saudita.
Yahia Sarie fez o anúncio num discurso televisivo que foi transmitido pelo canal de notícias por satélite dos Huthis Al-Massira.
O porta-voz disse que os Huthis enviaram 10 drones para atacar uma instalação de processamento de petróleo em Buqyaq e no campo de petróleo de Khurais.
A televisão dos Huthis reivindicou hoje "uma operação de envergadura contra refinarias em Abqaiq e Khurais" na Arábia Saudita, país cujas forças estão comprometidas com o poder no Iémen contra os rebeldes.
O ataque perpetrado com drones provocou incêndios em duas instalações petrolíferas da Aramco, situadas em Abqaiq e Khurais.
"Às 04:00 locais (02:00 em Lisboa) equipas de segurança da Aramco intervieram para apagar incêndios em duas instalações", indicou o Ministério do Interior saudita, maior exportador mundial de petróleo.
"Os dois incêndios foram apagados", adianta o ministério, sem precisar a origem dos drones nem se houve vítimas ou suspensão das operações.
O ministério disse ainda que está a proceder a investigações.
Os Huthis, apoiados politicamente pelo Irão, grande rival regional da Arábia Saudita, reivindicam regularmente lançamentos de mísseis com drones contra alvos sauditas e afirmam que agem como represália contra os ataques aéreos da coligação militar liderada pela Arábia Saudita, que intervém no Iémen, em guerra desde 2015.
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