“Houve um problema técnico que não permitia fazer a demolição em segurança e obrigava a fazer novas verificações, pelo que se decidiu adiar a operação para uma nova data a anunciar oportunamente”, disse à agência Lusa fonte oficial da EDP.
De acordo com a empresa, para prosseguir com a operação de demolição seria necessário prolongar as restrições à circulação automóvel em toda a zona envolvente da antiga Central Termoelétrica de Setúbal, com todos os transtornos que isso poderia causar às pessoas, pelo que se decidiu adiar a demolição das chaminés.
A operação de demolição das duas chaminés com cerca de 200 metros de altura, a cargo da empresa Maxam, especialista na utilização de explosivos para este tipo de atividades, começou a ser preparada há ano e meio e prevê a utilização de cerca de 150/200 quilogramas de explosivos em cada uma das duas chaminés.
Os trabalhos de desmantelamento/demolição da antiga central termoelétrica tiveram início em 2016 e a conclusão dos trabalhos deverá ocorrer até final de 2020, prevendo-se que no próximo ano se inicie a requalificação ambiental do terreno da central.
Embora reconheça que está dependente das avaliações do solo feitas depois do desmantelamento total, a EDP acredita que os trabalhos de descontaminação dos terrenos estejam concluídos no final de 2021.
Depois destes trabalhos, a EDP pretende que os terrenos da antiga Central Termoelétrica de Setúbal possam vir a acolher um “projeto sustentável, um projeto que faça parte da transição energética”.
Construída no final da década de 70 do século passado, a Central Termoelétrica de Setúbal, localizada na península da Mitrena, esteve mais de 30 anos em funcionamento, desde 1978 a 2013, estava equipada com quatro grupos de geradores e chegou a abastecer 25% da população portuguesa em território continental.
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