À margem da apresentação aos jornalistas da exposição “Joan Miró e a Morte da Pintura”, que vai ser hoje à noite inaugurada na Casa de Serralves, a presidente do conselho de administração, Ana Pinho, confirmou que o processo de escolha da nova direção artística do museu está a “decorrer normalmente”, mas escusou-se a dar mais informações.

O anterior diretor artístico do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, João Ribas, demitiu-se em setembro, alegando uma “violação continuada" da sua "autonomia técnica e artística" e porque "nenhuma direção artística deve ser alvo de sistemáticas ingerências".

Questionada pela agência Lusa sobre se confirmava que o novo diretor ia ser escolhido por convite e não por concurso público, Ana Pinho declarou que “Serralves nunca fez qualquer declaração sobre o assunto” e que também não seria hoje que o faria, porque o que estava em causa hoje era a nova exposição do artista catalão Joan Miró.

“Logo que nós acharmos que é conveniente, diremos. Estamos a trabalhar no processo”, acrescentou, sem explicar se o processo de escolha terminaria ainda em 2018.

No passado dia 05 de dezembro, altura em que o ex-presidente da Fundação Calouste Gulbenkian Emílio Rui Vilar foi eleito presidente do Conselho de Fundadores de Serralves, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, avançou aos jornalistas que o novo diretor artístico para o Museu de Arte Contemporânea de Serralves não iria ser escolhido por concurso público internacional como havia sido escolhido João Ribas.

“Pelo que percebi, não haverá concurso, porque, para acelerar, presumo que seja uma dessas empresas de ‘headhunters’ [recrutadores] internacionais, especializada nesta matéria, o que não é anormal noutros museus. Não tem de ser um concurso tradicional”, declarou, na altura, Rui Moreira.

A nova exposição de Serralves designada “Joan Miró e a morte da pintura” vai ficar patente na Casa de Serralves até 03 de março de 2019.