"Os prejuízos ultrapassam os 200 mil euros, contabilizando-se o investimento necessário para recuperar as infraestruturas afetadas, para controlar a erosão, tratar e proteger encostas, para prevenir a contaminação e assoreamento e recuperação de linhas de água, e os prejuízos em termos de biodiversidade", refere, em comunicado, o município de Proença-a-Nova.

Segundo o levantamento realizado pelo Gabinete de Proteção Civil e Florestas da Câmara de Proença-a-Nova, no distrito de Castelo Branco, o fogo destruiu 466 hectares de floresta e algumas áreas agrícolas no concelho.

O município realça a importância da limpeza dos cem metros da faixa de proteção dos aglomerados populacionais: "Revela-se fundamental para proteger as aldeias em situações extremas como as que são vivenciadas durante os incêndios de grandes dimensões, libertando os meios de socorro para combater o fogo noutros locais".

A Câmara de Proença-a-Nova tem em curso o programa de reconversão de áreas florestais em áreas agrícolas, apoiando os proprietários dos terrenos nas faixas dos cem metros com movimentação de terras e oferta de árvores e plantas, mas apenas nas situações em que há o acordo escrito de todos os proprietários.

Depois da Mó, a localidade das Fórneas prepara-se para implementar este projeto que está disponível para qualquer aldeia do concelho de Proença-a-Nova.

Adicionalmente, o município está a articular com as juntas de freguesia, a disponibilização de destroçadores de sobrantes para que fora da época crítica dos incêndios florestais, em que os trabalhos na floresta se encontram proibidos, os proprietários evitem a realização de queimas.