Em conferência de imprensa, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, explicou que a greve será dos educadores de infância, dos professores do ensino básico e secundário, dos docentes do ensino superior, dos investigadores e dos demais trabalhadores científicos que trabalham em serviços públicos ou de resposta social.
A greve nacional da administração pública, à qual agora a Fenprof se associa, foi convocada a 06 de outubro pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública.
Mário Nogueira criticou a proposta de Orçamento do Estado para a Educação, indicando que os docentes exigem nesta greve o descongelamento das progressões na carreira com garantia de recuperação de todo o tempo de serviço perdido, negociações da atualização dos salários, melhores condições de trabalho e horários em que toda a atividade direta com alunos se integre na componente letiva.
O dirigente sindical acusou o Governo de querer “apagar cerca de 10 anos de serviço cumprido pelos professores, para efeitos de reposicionamento na carreira”, e que isso significa que “mais de metade dos professores não terá qualquer acréscimo remuneratório em 2018”.
A proposta de Orçamento do Estado, referiu Mário Nogueira, não responde às exigências que são colocadas pelas escolas e os seus profissionais, sendo a Educação uma das áreas em que, comparando o orçamentado para 2018 com a despesa estimada em 2017, regista um decréscimo.
Mário Nogueira anunciou ainda que a partir de 06 de novembro e até ao final do 1.º período letivo os educadores de infância e professores dos ensinos básico e secundário farão greve a toda a atividade direta com alunos que esteja inscrita na sua componente não letiva.
Para 10 de novembro está prevista a entrega no Ministério da Educação de um abaixo-assinado com todas as exigências dos professores e para 15 de novembro a Fenprof marcou o Dia Nacional de Luta dos Professores, dia em que o ministro da Educação estará no parlamento para debater a proposta de Orçamento do Estado para 2018.
Mário Nogueira anunciou ainda que professores, educadores e investigadores integrarão a manifestação nacional convocada pela central sindical CGTP pela valorização do trabalho e dos trabalhadores, em 18 de novembro; uma concentração de leitores das universidades portuguesas em 26 de outubro, no Ministério da Ciência e Ensino Superior; e uma concentração de docentes do ensino particular e cooperativo, no dia 25 de outubro.
“O tempo é de luta porque, como a Fenprof afirma na campanha que promove de valorização da Educação e dos seus profissionais, 2017/2018 terá de ser tempo de resolver problemas”, disse o secretário-geral da federação.
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