A agência de notícias estatal SANA afirmou que até agora um total de 8.079 “terroristas” e respetivas famílias abandonaram os distritos sitiados de Al Salahedín, Al Ansari, Al Mashad e Al Zabdie pelo corredor de Al Ramusa-Ameriya, sob a supervisão do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICR) e o Crescente Vermelho.
Essas pessoas, segundo a mesma fonte, foram retiradas de Alepo em dez operações e foram encaminhadas para zonas do sudoeste da província com o mesmo nome.
Por sua vez, o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) informou que até ao momento saíram dez grupos com 8.500 feridos, doentes, civis e combatentes do leste de Alepo, em direção ao oeste.
A ONG precisou que 3.000 dos retirados são rebeldes e cerca de 360 são feridos e doentes.
Entretanto, o OSDH disse que nenhum doente ou ferido saiu das localidades de maioria xiita de Fua e Kefraya, situados na vizinha província de Idleb e rodeados pela Frente da Conquista do Levante (filial síria da Al Qaida).
Na quinta-feira, um grupo de ambulâncias dirigiu-se para essas localidades para facilitar a retirada, que no entanto não aconteceu.
A saída dos doentes das duas cidades faz parte do acordo de retirada de Alepo, já que foi uma das condições impostas pelo Irão, aliado do Governo de Damasco, para permitir a marcha de rebeldes e civis da maior cidade do norte da Síria.
A perda de Alepo, principal bastião e símbolo da revolta na Síria, marcará o fim da rebelião nesta cidade, cuja zona oriental conquistara em 2012.
Representará também a mais importante vitória do governo desde o início da guerra civil, em 2011.
Mas são sobretudo os civis as vítimas: centenas já morreram e quase 130.000 fugiram da cidade desde o início da ofensiva pró-regime, lançada a 15 de novembro para retomar a totalidade da cidade.
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