Num aviso à população, a ANPC refere que o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê precipitação intensa no Minho e Douro Litoral, atingindo, de forma sequencial, a Serra do Gerês, a Serra de Montemuro e a Serra da Estrela, com valores que poderão atingir 30 a 40 mm em seis horas.
Prevê-se ainda a intensificação do vento de sudoeste, a partir das 21 horas de hoje, a prolongar-se durante o período noturno, adianta a Proteção Civil.
As previsões apontam ainda para precipitação intensa, na madrugada de sexta-feira na região Centro (com valores que poderão atingir 20 mm em seis horas), não sendo de excluir a possibilidade da região Sul, em particular os distritos de Lisboa e Setúbal, poderem ser afetados por este fenómeno de precipitação forte.
A queda de neve é esperada à cota dos 1000/1200 metros, descendo para a cota dos 800 metros durante a noite, podendo, nas serras do Gerês e Montemuro e na região de Chaves e Montalegre, serem atingidos valores de 40 mm de neve, em 12 horas, divulgou a ANPC, após reunião no Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS).
Segundo a ANPC, o mau tempo poderá causar piso rodoviário escorregadio e eventual formação de lençóis de água e gelo, possibilidade de cheias rápidas em meio urbano, por acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de drenagem, possibilidade de inundação por transbordo de linhas de água nas zonas historicamente mais vulneráveis e inundações de estruturas urbanas subterrâneas com deficiências de drenagem.
Danos em estruturas montadas ou suspensas, dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente as verificadas em períodos de preia-mar, podendo causar inundações nos locais historicamente mais vulneráveis, possibilidade de queda de ramos ou árvores em virtude de vento mais forte e possíveis acidentes na orla costeira são outros perigos apontados pela ANPC.
São ainda esperados fenómenos geomorfológicos causados por instabilização de vertentes associados à saturação dos solos, pela perda da sua consistência.
A ANPC salienta que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, através da adoção de medidas adequadas, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, recomenda que se garanta a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e a retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas.
Aconselha também a adoção de uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível acumulação de neve ou a formação de lençóis de água nas vias, assim como não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas.
Outras das recomendações são proceder à colocação das correntes de neve nas viaturas, sempre que se circular nas áreas atingidas pela queda de neve e garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas.
A ANPC pede especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, com atenção para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte.
Especial cuidado é ainda pedido na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando se possível a circulação e permanência nestes locais.
Outro aviso vai no sentido de as pessoas não praticarem atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima.
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