"No seguimento do contacto com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) realizado hoje [dia 13 de março] pelo Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS) da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), prevê-se, para esta quarta-feira, o agravamento das condições meteorológicas, com ocorrência de precipitação, intensificação do vento, queda de neve e agitação marítima (em toda a orla costeira)", alerta a Proteção Civil num comunicado divulgado esta terça-feira.
A ANPC prevê, então, "a ocorrência de precipitação, vento forte (ao longo do dia) e queda de neve a partir da cota dos 1.800 metros, diminuindo (a partir da tarde) para a cota dos 1.000 metros, nas regiões Centro e Norte", pode ler-se.
Também a chuva será uma preocupação, com a precipitação acumulada a poder "atingir 30 mm entre as 00:00 e as 12:00 e 40 mm nas 12 horas seguintes, especialmente a Norte do Tejo", alerta a autoridade.
Da mesma forma "o vento pode atingir rajadas máximas de 100 quilómetros por hora, podendo ser pontualmente superior nas zonas mais expostas e/ou elevadas".
Esta quarta-feira "espera-se agitação marítima forte, estando previsto que, a partir das 15:00, as ondas sejam de oeste/noroeste e atinjam uma altura de 4 a 5 metros (em toda a costa)", situação que se poderá prolongar até à manhã de sexta-feira.
O estado do tempo pode provocar as seguintes condições: "piso rodoviário escorregadio e eventual formação de lençóis de água e gelo; possibilidade de cheias rápidas em meio urbano, devido a acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de drenagem; possibilidade de inundação por transbordo de linhas de água nas zonas mais vulneráveis; inundações de estruturas urbanas subterrâneas com deficiências de drenagem; danos em estruturas montadas ou suspensas; dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente as verificadas em períodos de preia-mar, podendo causar inundações nos locais mais vulneráveis; possibilidade de queda de ramos ou árvores em virtude de vento mais forte; possíveis acidentes na orla costeira; fenómenos geomorfológicos originados por instabilidade de vertentes devido à perda da consistência por saturação dos solos em água; e obstrução de vias de circulação por queda de árvores, deslizamento ou desabamento de terras, pedras ou outras estruturas", escreve a autoridade.
A ANPC sublinha "a necessidade de serem adotados comportamentos adequados, designadamente nas zonas mais vulneráveis". E recomenda que se garanta "a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirar inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criarem obstáculos ao livre escoamento das águas"; a adoção de "uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível acumulação de neve e formação de lençóis de água nas vias"; a colocação de "correntes de neve nas viaturas sempre que se circular em áreas cobertas por neve e/ou gelo"; que se evite "atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas e/ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas"; que se garanta "a adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente andaimes, placards e outras estruturas suspensas", "especial cuidado na circulação e permanência junto a áreas arborizadas, mantendo atenção à possibilidade de queda de ramos e árvores em virtude de vento forte", bem como "na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando a circulação e permanência nestes locais".
A ANPC recomenda ainda que não se pratiquem "atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima e a não "circulação e permanência nas terras altas onde as rajadas de vento sejam fortes ou muito fortes".
A proteção civil aconselha ainda a que se mantenha atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.
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