Esta crítica foi feita por José Luís Carneiro na sessão de encerramento da iniciativa “Formação Autárquicas 2021″ promovida pela Federação do Baixo Alentejo do PS, durante uma intervenção feita por meios digitais.

“Lamento que, depois de terem surgido mais de 1.700 contributos provenientes de entidades públicas, sociais e privadas para a versão final do PRR, não se conheçam quaisquer contributos públicos da parte dos partidos da oposição, muito particularmente das oposições de direita”, declarou o secretário-geral adjunto do PS.

O deputado do PS eleito pelo círculo do Porto e ex-secretário de Estado considerou que “as oposições de direita revelam estar destituídas de propostas e de visão estratégica para o país, em particular para as comunidades locais”.

“Parece que essas oposições de direita andam preocupadas em saber o que é o politicamente correto. Porém, no PS, os nossos autarcas de todo país, os nossos deputados, militantes e simpatizantes sabem que o politicamente correto é o que está em conformidade com a Constituição da República. O que é politicamente correto é honrarmos os mandatos que as populações nos confiam, servindo-as com os recursos disponíveis e aplicando-os de forma transparente e rigorosa”, sustentou.

Antes, José Luís Carneiro tinha já apontado que o Governo português foi o primeiro da União Europeia a entregar o PRR à Comissão Europeia – tema em que lançou um repto aos autarcas no sentido de que se mobilizem para a “execução e monitorização” deste plano.

“Queremos que estes recursos sejam aplicados com transparência e onde efetivamente mais falta fazem à vida das populações. Quero aqui sublinhar o estabelecimento de uma estrutura de auditoria e de controlo para garantir a supervisão da aplicação dos fundos comunitários com transparência e com responsabilidade”, disse.

Neste ponto, o “número dois” da direção do PS assinalou que a supervisão do PRR “ficará sob a alçada da Inspeção Geral de Finanças”.

Em relação às próximas eleições autárquicas, José Luís Carneiro disse que o PS pretende reforçar nas suas listas o peso dos jovens e das mulheres, visando “a igualdade de género” nos órgãos locais.

O “número dois” da direção do PS falou também nas comemorações do aniversário deste partido, na segunda-feira passada, em que foi feita uma homenagem aos primeiros autarcas socialistas eleitos em 1976.

“Em 1976, lançaram as bases do Poder Local democrático. Deixaram três marcas: Um partido comprometido com a autonomia administrativa e financeira do Poder Local; um compromisso claro com as políticas de desenvolvimento regional, de desconcentração e de descentralização; e um compromisso do envolvimento do Poder Local nas políticas sociais, designadamente na saúde, educação, habitação e combate à pobreza”, especificou.