A discursar no Porto, no encerramento da iniciativa Portugal Inteiro, Pedro Nuno Santos acusou também o PSD e a Aliança Democrática, que junta PSD, CDS-PP e PPM, de recorrer “às mesmas formulas de sempre”, nomeadamente ao “choque fiscal”.
O líder socialista salientou ainda que o partido se deve apresentar às eleições de 10 de março com humildade, reconhecendo que “nem sempre tudo correu bem” na sua governação.
“Reforma do Estado, fórmula antiga, repetida ate à exaustão e nós hoje já sabemos o que é que significa a reforma do Estado para a direita, o corte das gorduras do Estado. Nós sabemos quem é que acaba por pagar sempre a reforma do Estado e das gorduras. Inevitavelmente, quando eles governaram cairão sempre nos funcionários públicos”, afirmou Pedro Nuno Santos.
O PS, disse, não se esquece das consequências daqueles cortes, nomeadamente da educação e na saúde: “Nós não nos esquecemos porque hoje pagamos as consequências desta reforma do Estado. Não nos esquecemos que num último Governo do PSD e do CDS houve um ministro da Educação que achou que tínhamos professores a mais”, contextualizou.
“Vejam só, houve um Governo no passado, não há muitos anos, que achou que nós tínhamos professores a mais e promoveu um programa de rescisões antecipadas. Pois hoje nós pagamos da forma mais dura a falta de planeamento, o corte nas gorduras do Estado que o PSD e o CDS fizeram há oito anos”, continuou.
Depois da Educação, veio a Saúde: “Não foi só na educação. Nós também não deixamos que ninguém se esqueça que foi também um Governo do PSD que achou que havia demasiadas vagas nas faculdades de medicina do nosso país e aquilo que acharam que era importante era mesmo cortar as vagas nas faculdades de medicina”.
“Hoje nós pagamos caro as consequências daquelas que são as sistemáticas reformas do Estado que o PSD tem para propor e apresentar ao país”, concluiu.
Ainda sobre as “fórmulas repetidas” que disse que o PSD apresenta, o líder socialista abordou o chamado “choque fiscal” proposto pela AD:
“Choque fiscal e como que por passe de mágica a economia vai começar a florescer, o PSD não tem uma visão para o país nem para Economia, não sabe como modernizar a economia portuguesa. Choque fiscal (…) que significaria uma dificuldade de financiar aquilo que a nossa economia também precisa, as nossas estradas, as nossas escolas, os nossos hospitais”, enumerou.
Salientando que o PS tem “conhecimento, experiência” governativa, um “ativo que mais nenhum partido, mais nenhum dirigente ou líder partidário têm”, Pedro Nuno Santos explicou que por isso os socialistas têm uma outra qualidade, a humildade.
Para Pedro Nuno Santos, o PS foi “em cada momento” capaz de se “apresentar com a humildade de quem reconhece aquilo que não correu bem, que falta fazer, aquilo que não foi bem feito, as respostas que não foram suficientes”.
“Nós temos essa humildade e é com essa humildade que nós temos de nos apresentar perante os portugueses, sempre. Com empatia para com os problemas dos outros e com a humildade que nem tudo correu bem e de que é preciso fazer mais e corrigir alguns problemas que persistem em Portugal”, terminou.
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