O processo para a escolha dos candidatos a deputados do PS começou no início deste mês, com as comissões políticas do território nacional a indicarem cerca de dois terços da totalidade dos candidatos, cabendo o restante terço ao secretário-geral do partido, António Costa. Uma repartição que está estipulada nos estatutos do PS.

Na escolha dos cabeças de lista, a opção que prevaleceu foi a da continuidade face aos candidatos apresentados nas eleições legislativas de 2015, principalmente no caso dos maiores círculos eleitorais do país, como Lisboa (com António Costa), Porto (Alexandre Quintanilha) e Setúbal (Ana Catarina Mendes).

A mesma lógica de continuidade existiu nos casos da Madeira (Carlos Pereira), Viana do Castelo (Tiago Brandão Rodrigues), Bragança (Jorge Gomes), Ascenso Simões (Vila Real), Aveiro (Pedro Nuno Santos), Castelo Branco (Hortense Martins), Portalegre (Luís Testa), Évora (Capoulas Santos) e Pedro Carmo (Beja).

O PS apresentará novos “números um” nos Açores (Isabel Maria Rodrigues em substituição do líder parlamentar Carlos César), no Algarve (Jamila Madeira), em Santarém (Alexandra Leitão), Leiria (Raul Castro), Coimbra (Marta Temido), Viseu (João Azevedo) e Guarda (Ana Mendes Godinho).

Na lista do círculo de Lisboa, na parte cimeira, em terceiro lugar, vai figurar Eduardo Ferro Rodrigues, o que indicia que o antigo líder socialista poderá ser de novo candidato à eleição para o cargo de presidente da Assembleia da República na próxima legislatura.

Mário Centeno, ministro das Finanças, chegou a ser apontado como cabeça de lista por Faro, mas deverá ocupar a quinta posição na lista do círculo de Lisboa, após António Costa, a deputada Edite Estrela, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues e a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva.

Neste momento, os casos mais problemáticos para a direção do PS registam-se na Guarda e em Braga.

No caso da Guarda, o nome de Ana Mendes Godinho, atual secretária de Estado do Turismo, não foi contestado pela estrutura distrital – até porque a sua indicação é uma competência do líder partidário -, mas o resto da lista proposta pela direção federativa mereceu a rejeição.

Além do caso da Guarda, a Comissão Política Nacional do PS teve de avocar o processo da Federação de Braga, que aprovou a sua quota de dois terços de nomes para a lista logo no início deste mês.

A Comissão Política da Federação de Braga do PS optou por deixar os primeiros dois nomes da lista em aberto para posterior escolha de António Costa e colocou em terceiro lugar o líder federativo, Joaquim Barreto, seguido por Luís Soares da concelhia de Guimarães.

Neste processo na Comissão Política de Braga, foram deixados de fora para eventual escolha do secretário-geral socialista nomes como o da deputada Sónia Fertuzinhos, ou o do secretário nacional do PS para a Organização, Hugo Pires.

Em Braga, o PS elegeu sete deputados nas eleições legislativas e assume agora como “objetivo mínimo” a eleição de oito ou mesmo nove (tal como aconteceu em 2005 e em 2009).

Este processo de escolha de candidatos a deputados do PS deverá ser hoje contestado pela minoria liderada por Daniel Adrião, cuja fação representa cerca de 15% dos membros da Comissão Política Nacional. Esta corrente minoritária exige ter lugares de candidatos a deputados em lugares elegíveis.

A Comissão Política Nacional do PS reúne-se hoje, a partir das 21:00, na sede nacional deste partido, em Lisboa. Além de António Costa, o processo de escolha dos candidatos a deputados foi coordenado pela secretária-geral adjunta, Ana Catarina Mendes.

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