A instituição definitiva de primárias abertas a simpatizantes para a escolha do secretário-geral e dos candidatos a deputados, eurodeputados e autarcas dependerá da aprovação pelo Congresso de 2018, e a eleição do líder do PS, que o antecede, deverá ainda ser, portanto, nesse ano, segundo as regras atuais.

"Haverá primárias no PS", declarou Daniel Adrião aos jornalistas, no final da reunião da Comissão Nacional do PS, que decorreu num hotel de Lisboa, referindo que a sua proposta foi aprovada "com uma larguíssima maioria, por proposta do próprio secretário-geral", e dois votos contra.

"Temos o compromisso do secretário-geral de que isso será feito no Congresso de 2018 e, a partir daí, quer os candidatos a deputados, quer os candidatos a presidentes de câmara, quer o candidato a secretário-geral serão escolhidos através do método de primárias abertas", acrescentou.

Em 2018, "a eleição do secretário-geral ainda não será por primárias abertas, mas a partir de 2018, para a frente, o compromisso que existe do secretário-geral é que passará a ser feito por primárias abertas", realçou.

Daniel Adrião congratulou-se com esta vitória do seu movimento "Resgatar a democracia", representado na Comissão Nacional do PS por 18 dos seus 251 membros, "que se vem batendo por esta ideia de abertura do partido".

Numa crítica indireta ao secretário nacional do PS para a Organização, Hugo Pires, afirmou: "Nós saímos daqui muito satisfeitos, porque, ao contrário do que tinha sido dito, que a proposta ia ser chumbada, a proposta foi aprovada".

Hugo Pires tinha anunciado que a direção nacional do PS iria propor hoje a rejeição da proposta de revisão estatutária de Daniel Adrião, e deu mesmo como certo o seu chumbo: "Vai ser chumbada. Depois, irá ser integrada e analisada no grupo de trabalho".

O grupo de trabalho em causa, liderado pelo secretário nacional do PS para a Organização, e do qual Daniel Adrião também faz parte, está a preparar uma revisão estatutária global até 2018.

António Costa não quis prestar declarações aos jornalistas no final da reunião de hoje da Comissão Nacional do PS.

Segundo Daniel Adrião, no ponto dedicado à sua proposta de revisão estatutária, houve "um apelo do próprio secretário-geral do PS, António Costa, para que a proposta não fosse votada de forma vinculativa neste momento", ou seja, com efeitos imediatos, mas que fosse incluída "como uma recomendação vinculativa" na proposta de estatutos que está em preparação no referido grupo de trabalho.

"Portanto, nós vamos ter primárias no PS", reafirmou.

Segundo fonte oficial do PS, na reunião de hoje da Comissão Nacional as contas apresentadas pelo secretário nacional para a Administração, Luís Patrão, foram aprovadas por unanimidade.

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