Na tradicional mensagem de Natal do primeiro-ministro, António Costa defendeu que Portugal virou a página dos anos mais difíceis e está agora melhor, mas tem ainda muito trabalho pela frente, tendo de vencer "grandes desafios" como a demografia e a valorização do território.
"A mensagem do primeiro-ministro foi uma mensagem serena, realista e inconformada", sintetizou, em declarações à agência Lusa, o deputado do PS Hugo Pires.
Segundo o socialista, é uma mensagem na qual "o PS se revê na integra, com muita humildade", uma vez "que não está tudo feito, ainda é preciso caminhar muito, mas que muito já foi feito".
"Com muita humildade é preciso continuar a dar passos certos e seguros no caminho de uma melhor qualidade de vida dos portugueses", sublinhou.
Para Hugo Pires, a mensagem de Natal de António Costa foi serena porque Portugal vive "tempos mais sossegados, mais tranquilos", com "contas certas" e, "pela primeira vez neste século", com a economia a crescer "mais do que a média europeia".
"Depois realista porque, apesar deste Governo ter travado a fundo o caminho do empobrecimento que Portugal estava a seguir e sendo hoje inegável a melhoria das condições de vida dos portugueses, é preciso fazer mais", concordou.
Na opinião do deputado socialista "é preciso continuar a trabalhar para criar condições para haver melhores salários, trabalho digno", apontando ainda o investimento "em saúde, educação e infraestruturas" como objetivo.
"E queremos também que a continuação das políticas seja feita de forma sustentada, passo a passo, com passos seguros para que nenhum português tenha que viver outra vez e passar por aquilo que passou nos tempos da troika", garantiu.
A mensagem de António Costa aos portugueses foi "inconformada porque fala dos dois grandes desígnios" para o país, como a "valorização do território e demografia", justificou Hugo Pires.
Na tradicional mensagem de Natal, o primeiro-ministro colocou hoje "duas questões essenciais": por um lado, como conseguirá o país dar "continuidade" a um percurso de "melhoria sem riscos de retrocesso"; e, por outro lado, como se conseguirá garantir que "cada vez mais pessoas beneficiem na sua vida das melhorias" que entende terem sido alcançadas.
"Os desafios são grandes, aliciantes e mobilizadores. Portugal está melhor porque os portugueses vivem melhor, mas temos muito trabalho pela frente. Não desvalorizo o muito que em conjunto já conseguimos, nem ignoro o que temos e podemos continuar a fazer para termos um país mais justo, com mais crescimento, melhor emprego e maior igualdade", frisou ainda.
António Costa procurou salientar a ideia de que não se ilude pessoalmente nem os portugueses se podem iludir com os números.
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