"O PS é muito mais do que as lideranças circunstanciais que em cada momento fazem a vida do PS", disse António Costa no Teatro Capitólio, em Lisboa, na sessão evocativa dos 48 anos do partido, fundado em 1973.

Para Costa, a vida do PS "é feita diariamente não pelos seus secretários-gerais, mas pelos milhares de militantes, centenas dos seus autarcas, dezenas de governantes, centenas de deputados da Assembleia da República e das assembleias regionais", acrescentou.

Numa altura em que, formalmente, o PS nada disse ainda sobre a pronúncia do antigo primeiro-ministro José Sócrates no processo Marquês, as referências ao ex-líder foram nulas ou implícitas.

Com Ferro Rodrigues presente, António Costa quis, "na pessoa" do ex-líder, "prestar homenagem a todos" os que o antecederam "na liderança do PS, desde o fundador Mário Soares até António José Seguro, que o antecedeu.

Homenagem houve também aos autarcas do PS - cerca de 20 estavam presentes de entre os 115 que foram eleitos em dezembro de 1976 - e Costa lembrou o trabalho que fizeram, por exemplo, a levar a luz ou a água a aldeias de um país que estava a sair de 48 anos de ditadura.

O chefe do Governo, que também foi autarca em Lisboa durante oito anos, elogiou as autarquias como uma "enorme escola de democracia", para que centenas de portugueses foram eleitos, e sublinhou as exigências do poder local.

“Quanto mais próximo é o poder, mais próxima é a fiscalização no poder”, disse, antes de sublinhar que é por isso que “os cidadãos têm uma enorme confiança nos autarcas, sabem como vivem, sabem o que fazem e não fazem”.

Numa sessão centrada na história do PS e na experiência autárquica de 46 anos, o partido quis homenagear os 115 presidentes de câmara, parte deles já desaparecidos, tendo estado presentes cerca de 20, entre eles Rui Nabeiro (Campo Maior), Fernando Gomes (Vila do Conde).

Em maré de elogios, o secretário-geral enalteceu o papel dos autarcas no “combate” à epidemia de covid-19, nomeadamente na vacinação.

António Costa recordou Mário Soares e outros “lutadores antifascistas”, alguns deles presentes, como Rudolfo Crespo, José Neves, Manuel Pedroso Marques e Arons de Carvalho que fundaram o Partido Socialista, em 1973.

(Notícia atualizada às 21:37)

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